22/02/16

Liga NOS: F.C. do Porto 3 vs Moreirense 2 - Golos de Layún, Suk e Evandro permitiram passar o resultado de 0-2 para 3-2, numa remontada frente ao Moreirense.



«TERCEIRA REVIRAVOLTA EM 23 DIAS MANTÉM DRAGÕES NA LUTA PELO TÍTULO

Golos de Layún, Suk e Evandro permitiram passar o resultado de 0-2 para 3-2, frente ao Moreirense.

José Peseiro tinha dito, na conferência de imprensa de antevisão do desafio frente ao Moreirense, que marcar mais um golo do que o adversário "está bom". Por certo não imaginaria que essa máxima se iria aplicar tão bem ao encontro deste domingo, em que o FC Porto recuperou de uma desvantagem de 0-2 para bater por 3-2 o Moreirense, uma equipa especialmente perigosa fora de casa, que tinha vencido quatro dos últimos cinco jogos da Liga NOS nessa condição. Tratou-se da terceira reviravolta dos Dragões em 23 dias (repetindo o ocorrido frente a Estoril e Benfica), o que diz bem do querer da equipa em lutar até ao fim pelo primeiro lugar, que está, pelo menos provisoriamente, a três pontos de distância. Ainda não foi desta que os Dragões perdem pontos em casa com os minhotos: são seis vitórias em seis jogos.

Face ao onze apresentado em Dortmund, José Peseiro efetuou seis alterações: Maxi Pereira e Danilo, que estavam castigados a nível europeu, regressaram, assim como Marcano, recuperado de lesão, que fez dupla no eixo defensivo com Chidozie, que não está inscrito na Liga Europa; por sua vez, Corona e Suk jogaram nos lugares ocupados na quinta-feira por Marega e Aboubakar. Rúben Neves não era opção para este encontro, por estar suspenso. Os forasteiros entraram bem no jogo, avisaram ao que vinham por intermédio de Boateng, que rematou ao lado aos seis minutos, e marcaram aos dez. Tratou-se de um lance de contra-ataque conduzido por Evaldo, após perda de bola a meio-campo; Casillas evitou que Boateng marcasse num primeiro momento, mas depois Evaldo ganhou o ressalto e colocou a bola ao dispor de Iuri Medeiros, que finalizou de primeira no coração da área, já sem o guarda-redes na baliza.

A reação azul e branca foi imediata e houve duas ocasiões ao minuto 18: primeiro foi Stefanovic a evitar que o cabeceamento de Suk tivesse êxito; no pontapé de canto que se seguiu, Danilo desviou de cabeça mas a bola saiu ao lado. Porém, o Moreirense continuava perigoso no contra-ataque e terrivelmente eficaz: Fábio Espinho, lançado nas costas de Chidozie, fez o 0-2 aos 28 minutos. O golo foi um soco no estômago do Dragão, mas a verdade é que a equipa reagiu e teve 15 minutos finais da primeira parte verdadeiramente demolidores. Stefanovic evitou golos de Maxi (34 minutos) e André André (45), a barra devolveu um cabeceamento de Suk, após canto (35), e os portistas reduziram de penálti, convertido por Layún, depois de falta de André Micael sobre Maxi. Após 45 minutos com várias paragens, e para espanto no estádio, Luís Ferreira deu apenas um minuto de compensação. Pela primeira vez esta época na Liga, os Dragões chegavam ao intervalo em desvantagem.

Após o descanso, Evandro substituiu Corona, ficando André André mais sobre o lado direito do ataque. O Moreirense foi capaz de se reorganizar e suster a avalanche ofensiva azul e branca e até teve dois remates perigosos nos primeiros minutos. No segundo, Casillas foi obrigado a aplicar-se para travar o disparo de fora da área de Iuri Medeiros. No entanto, era o FC Porto quem comandava as operações e Brahimi tentou o empate aos 56, de ângulo difícil, mas Stefanovic não permitiu que a bola lhe passasse por baixo das pernas. Os minutos iam passando e José Peseiro arriscou, lançando Marega para o lugar do central Chidozie, aos 63 minutos. Danilo recuava um pouco no terreno para compensar a saída do nigeriano, mas os azuis e brancos foram cada vez mais assumindo um esquema com apenas três defesas.

A verdade é que a alteração fez aumentar a rotação da equipa e até Maxi (71 minutos) surgia na posição de ponta de lança, a cabecear ao lado. O 2-2 acabaria por surgir aos 73, graças a um canto de Layún (14.ª assistência para golo na Liga NOS) que Suk (um lutador verdadeiramente incansável, que incomodou muito a defesa forasteira) cabeceou para golo, o seu primeiro pelos portistas na prova e o décimo esta época. O Dragão estava em polvorosa e ainda mais viria a ficar aos 77, quando Herrera não deu por perdida uma bola bombeada para a área e conseguiu colocá-la na área, aonde apareceu Evandro a fazer o 3-2, de cabeça. O médio brasileiro já não marcava há mais de um ano em partidas oficiais e foi assim um dos heróis de uma recuperação emocionante e conservada no tempo que faltava jogar. Convém sofrer o mínimo de golos possível e ter mais acerto defensivo - o coração dos adeptos agradecerá! -, mas, assim, o futebol é emocionante.» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/2015%20-%202016/terceira-reviravolta-em-23-dias-mantem-dragoes-na-luta-do-titulo-2-21-2016.aspx


(FC Porto ainda caiu, mas levantou-se bem)

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