28/05/09

"Revolutionary Road " - Cinema Teixeira de Pascoaes, 6ª Feira, dia 29 , 21H30M!

«Revolutionary Road


Cinema Teixeira de Pascoaes

6ª Feira, dia 29 – é já amanhã às 21: 30

Telefone: 255 431 084


Revolutionary Road

De: Sam Mendes

Com: Leonardo DiCaprio, Kate Winslet, Kathy Bates

Género: Drama

Classificacao: M/16

EUA/GB, 2008, Cores, 119 min.


argumento

Nos Estados Unidos dos anos 50, Frank e April Wheeler procuram ter uma existência diferente, guiados por altos ideais, tentando não se conformar à inércia que os rodeia ou deixar-se tentar pelas convenções sociais. Mas acabam por tornar-se naquilo de que queriam fugir: um homem encurralado num emprego sem interesse e uma mulher que sonha com uma existência mais apaixonante. Agora, são um casal dedicado a criar os filhos, a tenta sobreviver aos seus dramas de relacionamento, deixando pelo caminho os seus sonhos e ilusões. Mas April sonha mudar de vida e deixar a sua pequena rotina.

PÚBLICO


A ler:

João Lopes originalmente no Diário de Noticias e na net aqui:

http://sound--vision.blogspot.com/2009/02/revolutionary-road-1-1.html

e

Ainda a beleza americana

Luís Miguel Oliveira,PÚBLICO, 30/01/2009

Winslet e DiCaprio amam-se, traem-se, riem, choram, tocam-se, agridem-se - a gama toda.

Era tido como um potencial candidato a "estrela" da próxima cerimónia de entrega dos Óscares, mas agora que saíram as nomeações e se verificou que eram apenas três esse favoritismo esfriou um pouco. O que até nos dá jeito, pois assim talvez seja possível falar de "Revolutionary Road" em tom pouco entusiasmado sem incorrer na fúria do leitor. Já agora, e não voltaremos a falar de Óscares, até gostávamos de dizer que uma das nomeações (a de melhor actor em papel secundário) é absolutamente justa: Michael Shannon, que vimos como protagonista do "Bug" de William Friedkin (e num pequeno papel no "Antes que o Diabo Saiba que Morreste" de Sidney Lumet) e aqui reencontramos na pele do vizinho psicologicamente "desarranjado" do casal Wheeler, é uma presença espantosa, capaz de roubar todas as cenas em que entra ao "duo maravilha" Kate Winslet/ Leonardo DiCaprio.

Parece que estamos a dizer mal deles (de Winslet e DiCaprio) mas nem estamos. Com Shannon, eles são a melhor coisa do filme. De resto, é normal que os actores sejam o melhor dos filmes de Sam Mendes, realizador que ainda à boleia do sucesso de "Beleza Americana" nos parece continuar a ser sobrevalorizado ("Beleza Americana" tinha a sua graça mas "Road to Perdition" era um museu de cera rígido, e "Jarhead" limitava-se, sem muito tino, a atirar o barro à parede).

Em "Revolutionary Road", que adapta o romance de Richard Yates [ver texto nas páginas de crítica de livros], eles são o centro de tudo, o marido e a mulher protagonistas desta crónica da desintegração de um matrimónio, precipitada pelo peso e pelas expectativas, tão promissoras como convencionais, de algo que poderá ser descrito como estando entre o "sonho americano" e o "american way of life" (estávamos nos anos 50, a euforia do pós-guerra). Em todo o caso, e voltando a insistir em Shannon, a mais perfeita expressão deste sentimento (a carga opressiva das expectativas associadas ao "way of life" americano) surge nas cenas com a sua personagem, plena de amargura resignada e violência melancólica, como um fantasma que assombra Winslet e DiCaprio, ou a imagem que os reflecte num espelho escuro e deformador.

Mas Winslet e DiCaprio, sim. O filme é deles do princípio ao fim, saem-se bem e Sam Mendes, trabalhando muitas cenas como se o décor fosse um palco teatral, faz o possível para que se torne evidente que eles se saem bem. Amam-se, traem-se, riem, choram, tocam-se, agridem-se - correm a gama toda, no futuro "Revolutionary Road" poderá servir-lhes de portfólio quando for preciso mostrar o que são capazes de fazer. Ora se isto é assim, e se os actores são tão bons, de onde vem o pouco entusiasmo? Diríamos que do facto de o "programa" de Sam Mendes não ir muito para além disto - uma boa caução competentemente ilustrada (o romance) e o brilhantismo dos actores tomado como "nec plus ultra".

Tudo muito limpo, tudo muito nítido, com os excessos e os desequilíbrios sempre cuidadosamente aparados (Mendes não é Cassavetes, e Kate Winslet também não é Gena Rowlands), arranca-nos uma admiração fria e, no fim de contas, progressivamente desinteressada.» informação gentilente cedida pela minha Colega e Amiga, Elsa Cerqueira!




Revolutionary Road - (Official Trailer 2008)

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