29/05/09

Amarante Ôlo - Freguesia de Ôlo, Concelho de Amarante, um local muito verde e arejado!














Uma Freguesia envolta numa manto de verde, com muitas árvores de espécies variadas, com muita água, com muita montanha, numa palavra, lindíssima!

«A Freguesia


"O rio afasta-se um pouco ao aproximar-se da aldeia de Fridão. Ao fundo, está o Solar das Chousas.

Inflectindo na direcção da montanha, entra-se na estrada florestal. Aqui principia a beleza estranha da serrania. Entre miríades de caules avista-se de novo o Rio Olo, mas agora em grande profundidade. Paisagem silvestre pura. A estrada desce em consecutivos lancetes, oferecendo incessantes perspectivas do belo vale, severo e amplo."


Sant’Anna Dionísio descreveu assim a paisagem belíssima que envolve a freguesia de Olo e o rio que lhe deu o nome.

São Paio de Olo é, alfabeticamente, a 28ª freguesia do concelho de Amarante. Em termos demográficos, é, porém, a sexta mais pequena, com apenas 437 habitantes. É, ainda, a freguesia mais recente das que constituem o concelho, pois só foi criada em 1935.

A oito quilómetros da sede do concelho, Olo localiza-se na parte norte de Amarante. Rodeiam-na as freguesias de Rebordelo, Fridão, Vila Chão do Marão, Sanche, Aboadela e Canadelo.

Passa na povoação o rio do mesmo nome, que nasce a noroeste da freguesia e vai desaguar na margem esquerda do rio Tâmega, três quilómetros acima de Amarante.

A história de São Paio de Olo, sendo muito recente, confunde-se com a história de Sanche, pois dela se separou em 1934 para formar freguesia própria. A necessidade de conseguir uma melhor administração do território esteve na base deste reordenamento, já que a freguesia de Sanche era demasiado extensa.

É atualmente constituída pelos seguintes lugares: Calvário, Campochão, Corujeira, Mirao, Outeiro de Cima, Outeiro de Medas, Sobre Outeiro, Tapadas, Torre e Valouca.

Freguesia essencialmente agrícola, nutrem os seus naturais um carinho especial pela terra. O lavrador de Olo sabe aproveitar os recursos da terra e dela tirar o melhor proveito. Fazendo-o, maximiza as tradições agrícolas e os ensinamentos que recebeu dos seus anteriores.

Aproveitar a terra e a força das águas do rio, em soluções energéticas não poluentes, foi o que o povo sempre soube fazer com os seus moinhos e as suas azenhas.

Bem o compreendeu também, em meados do século XX, o então Presidente da Câmara Dr. António do Lago Cerqueira, quando aqui instalou uma modelar central elétrica, que ainda hoje representa uma grata memória nesta freguesia.

A indústria tem também a sua importância em Olo, sobretudo aquela que se dedica à exploração de produtos florestais, muito abundantes na freguesia. »

«Património construído
  • Igreja matriz do Olo

Tipologia
Igreja de uma nave e capela-mor retangular, ambas com tetos de madeira.
Tem torre sineira e sacristia acopladas pelo lado norte.

Cronologia
Construída de raiz em 1936 (a Freguesia havia sido criada em 1934, por separação da de Sanche).
A torre sineira foi construída mais tarde, nos anos 60 (?).

Estilo
De construção moderna, a conceção geral é simples e linear, não se afastando do convencional. A fachada, não obstante a singularidade da empena arredondada, e a torre sineira, de linhas direitas, pela sua sobriedade remeterão para o espírito do estilo “chão”; porém, será mais apropriado considerar o estilo indeterminado.

Dedicação
S. Paio


  • Casa da Torre

  • Ponte romana (Ordem)

  • Alminhas (Regadas, Medas e Outeiro)» http://www.amarante.pt/freguesias/olo/index.php?op=conteudo&lang=pt&id=21
«O nosso Padroeiro S. Paio

S.Paio, nasceu na Galiza, numa povoação chamada Albeos, talvez no ano 912, e foi baptizado com o nome de Pelágio. Cresceu no seio de uma família abastada, o seu pai era um homem rico, e o seu tio, Hermigio, era na altura, bispo de Tuy.
Vivia feliz com a sua família, na escola procurava estudar o melhor que podia e recebia aulas de latim do tio. Nasceu a 26 de Junho, numa terra nas margens do rio Minho, muito perto de Portugal. Nesse mesmo ano, começava a reinar em Córdova, Abderrmão III. Este quis assenhorar-se das restantes províncias de Espanha habitadas por cristãos, onde os bispos eram quase os reis. Em 920 chama em seu auxilio os Mouros de África e travaram intensas lutas contra os Reis de Leon, Navarra e os bispos. Com um exército numeroso e bem equipado partiram á conquista de Castela onde os cristãos cometeram um erro enorme, em vez de esperarem nas colinas que conheciam muito bem, enfrentaram-nos diretamente. Em vez de confiarem em Deus confiaram somente na sua força. Os muçulmanos fizeram muitos prisioneiros entre os quais o seu tio Hermigio. Este na tentativa de satisfazer as exigências dos opressores e na tentativa de angariar dinheiro para pagar o seu resgate troca de lugar com o pequeno Pelágio de apenas 9 anos. No cativeiro a sua maior força vinha de Deus e da meditação do trabalho apostólico de S. Paulo, tentava sempre com isso animar os seus irmãos de sofrimento naquele mundo cruel e assim passou 3 longos anos! Um dia, um filho de Abderramão avisou o pai, e levou-o à sua presença. Pelágio logo percebeu as torpes intenções que lhe prometiam grandes ofertas e riquezas em troca da renuncia aos valores que o orientavam e o seu afastamento do amor a Jesus Cristo. Então Pelágio respondeu:
“Fica sabendo que tudo quanto me ofereces tem um fim mortal; desde cedo que vivo numa masmorra mas sempre tive o coração de um homem livre. Prometes-me liberdade para cair numa escravidão maior: livre por fora, escravo por dentro. Queres fazer de mim um escravo das tuas crenças, do dinheiro e do sexo. Guarda os teus presentes que eu guardo a minha fé e a minha dignidade. ”O menino não cedia a quaisquer intentos do rei e este ardendo em cólera mandou-o torturar, até que negasse Deus, mas ele apenas orava pelos seus inimigos e pedia a Deus fortaleza para não voltar atrás e para consumar o seu sacrifício, e dele, por graça de Deus, nada obtiveram e Abderramão mandou-o matar, despedaçando o seu corpo e arrojá-lo ao Guadalquivir, corria o dia 26 de Junho de 925. O menino Pelágio tinha 13 anos de idade. E desde então Pelágio permanece sempre jovem, sempre vivo com todos os santos de Deus.

Por tão grandiosa prova de fé o seu culto tornou-se popular em Espanha, Portugal e Alemanha: E desde aí foram consagradas a S. Paio numerosas igrejas e cidades: Em 929 foi erguida a primeira, em Arlanza, a Sancti Pelagii; Em 947 foi nomeado segundo padroeiro da cidade de Coimbra; Em 957 foi erguida uma capela em Guimarães; Só na Galiza tem mais de 40 igrejas ou capelas em sua honra; É patrono de 5 paroquias na diocese Tuy-Vigo, de 10 em Santiago, de 11 em Orense; de 15 em Lugo e de 3 em Mondoñedo; É patrono dos seminários das dioceses de Tuy e Córdoba; Foi erguido em sua honra um grandioso Mosteiro em Oviedo; O seu culto está ainda espalhado por Leon, Valladoid, Zamora, Salamanca, Palencia, Burgos, Cantabria e Asturias; No arciprestado de Vila Verde há 3 paróquias consagradas a S. Paio.

O Menino Paio permanece sempre jovem, sempre vivo com todos os santos de Deus, orando por todos nós!» in http://www.diocese-braga.pt/hp_paroquia.php?grupo=86

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