«OLHANENSE ESTÁ DE VOLTA!
A grande novidade deste último fim de semana foi, sem dúvida, a subida do Olhanense ao escalão maior do nosso futebol. Tendo andado perto disso, no ano passado, a equipa de Olhão conseguiu agora atingir um tal objectivo, depois de uma época em que fez tudo para o merecer.
A equipa contou com um colectivo muito forte, quer dentro do campo, quer fora dele, para o que muito contribuiu o trabalho do técnico Jorge Costa, dito "O Bicho", que, como jogador, sobretudo ao serviço do FC Porto, dera já sinais de grande capacidade de liderança.
Sem poder apostar numa equipa "do outro Mundo", nem os orçamentos estão para aí virados, o Olhanense soube reunir um lote muito apreciável de atletas, onde a juventude e veterania se conjugaram na perfeição. Djalmir, melhor marcador da prova e apontado como um dos melhores da Liga Vitalis, foi a grande referência, mas os produtos da Academia "leonina", João Gonçalves (ex-O.Moscavide) e Paulo Renato, bem como Stéphane e Castro, das escolas do FC Porto, constituiram, eles também, reforços de vulto. A experiência de Bruno Veríssimo, na baliza, e de Guga e Baião, no miolo, ajudaram, igualmente, para que o êxito fosse alcançado.
A presença de uma equipa algarvia na Liga principal do nosso futebol é, pois, motivo de festa, sobretudo depois do "apagão" de Portimonense e Farense, que, não há muito, marcaram um período de grande fausto. O Olhanense foi mesmo o primeiro clube da região a surgir na ribalta, a par do Lusitano de Vila Real de Santo António, chegando até a ganhar a edição de 1924 do Campeonato de Portugal, a mais importante prova nacional da época.
Uma vitória sobre o FC Porto (4-2), no tempo em que na equipa pontificava Raul de Figueiredo, de alcunha "Tamanqueiro", que, mais tarde se transferiria para o Benfica. Foi talvez o jogador mais importante, o mais valioso como agora se diz, da História do futebol olhanense e uma das grandes figuras da selecção, que competiu com brilho nos Jogos Olímpicos de 1928, em Amesterdão.
Depois de 15 épocas ao mais alto nível, repartidas por três fases,a principal das quais na década de 40, a equipa de Olhão despediu-se da divisão principal no final da temporada de 1974-75, quando Manuel Oliveira era o treinador e o Campo Padinha o palco de todas as aventuras. Agora, 34 anos volvidos, com Jorge Costa ao leme e o Estádio José Arcanjo por anfiteatro, a ex-vila de Olhão (da Restauração) e o seu Olhanense preparam-se para novos cometimentos. Sejam bem vindos!» in http://noticias.sapo.pt/desporto/opiniao/rtovar/artigo/995246.html
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