14/10/22

Amarante Literatura - Um episódio que ilustra a fabulosa memória do grande parlamentar de Amarante, o Conselheiro António Cândido.


«Um dos primeiros salões que houve em Lisboa foi o de Maria Amália Vaz de Carvalho, muito frequentado por políticos, jornalistas e alguns poetas. Lembro-me de ouvir dizer, que o Gonçalves Crespo estava a recitar um soneto que tinha feito nesse dia quando o António Cândido vinha a entrar. Parou, e ainda detrás da porta, sem ser visto, esperou que o Crespo acabasse. Depois entrou cumprimentou as pessoas presentes e ofereceu-se à dona da casa para dizer um soneto que tinha acabado de fazer. Ouvindo-o, o pobre do Crespo ia desmaiando, porque era o seu soneto palavra por palavra. António Cândido, vendo-o tão aflito, abraçou-o e disse-lhe: «quem o fez não fui eu, foi a minha memória». Só então avaliaram a memória prodigiosa do grande parlamentar.» in Olhando para trás vejo Pascoaes, de Maria da Glória Teixeira de Vasconcellos.

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