23/04/18

F.C. do Porto - Jorge Nuno Pinto da Costa tomou posse como presidente do FC Porto a 23 de abril de 1982.




«36 ANOS DE SONHOS E DE SUCESSOS

Jorge Nuno Pinto da Costa tomou posse como presidente do FC Porto a 23 de abril de 1982.

A 23 de abril de 1982, o Presidente da República era António Ramalho Eanes e o primeiro-ministro Francisco Pinto Balsemão. Nos Estados Unidos da América, Ronald Reagan ainda estava no princípio do primeiro mandato presidencial, enquanto Margaret Thatcher, no Reino Unido, estava prestes a enfrentar a crise das Malvinas. Espanha preparava-se para receber o Mundial em que brilhou o Brasil mas que foi ganho pela Itália. Portugal era um país que aprendia a viver em democracia, que ainda não pertencia à Comunidade Económica Europeia, que só tinha dois canais públicos de televisão e que nem sequer tinha uma autoestrada a ligar as duas principais cidades. Não havia internet, não havia telemóveis, não havia caixas multibanco. No futebol, também era tudo diferente. Cada equipa podia ter, no máximo, três jogadores estrangeiros. Não havia transferências por valores estratosféricos. Eram raros os atletas que emigravam. Poucos jogos davam na televisão, que, para a maioria das pessoas, ainda era a preto e branco. Os guarda-redes podiam agarrar a bola à vontade após atrasos dos colegas de equipa. O Aston Villa ia tornar-se campeão europeu um mês depois, enquanto Académico de Viseu, Amora e Sporting de Espinho disputavam a primeira divisão. Nesse dia 23 de abril de 1982, num mundo tão diferente daquele em que vivemos 36 anos depois, Jorge Nuno Pinto da Costa tornou-se presidente do FC Porto.

O que se passou desde então pode resumir-se num conjunto de factos e de números que, combinados, confirmam duas ideias: o FC Porto, clube de expressão eminentemente local e regional durante as primeiras nove décadas da sua história, conquistou o mundo; foi a dimensão internacional que atingiu que lhe proporcionou o reconhecimento nacional (ainda que às vezes apenas manifestado, tacitamente, através da inveja) que em condições normais nunca é devido às instituições que em Portugal colocam em causa os fundamentos de um país profundamente centralizado. Os feitos que sustentam estas afirmações são de conhecimento universal: conquista massiva de títulos nacionais e internacionais (duas Taças Intercontinentais, duas Taças dos Campeões Europeus/Liga dos Campeões, duas Taças UEFA/Liga Europa, uma Supertaça Europeia, 20 Campeonatos Nacionais, 12 Taças de Portugal, 19 Supertaças; centenas de troféus nas modalidades e na formação); desenvolvimento do património infraestrutural do clube (rebaixamento do Estádio das Antas, renovação do Campo da Constituição, construção Estádio do Dragão, do Dragão Caixa, do Museu FC Porto e do Centro de Treinos e Formação Desportiva PortoGaia); afirmação, pela qualidade, da marca FC Porto à escala mundial (jogadores, treinadores e dirigentes do clube foram e são cobiçados pelas mais relevantes instituições do mundo desportivo); captação de adeptos em Portugal e no estrangeiro (o FC Porto é o clube português mais popular nas redes sociais, sendo seguido por milhões de estrangeiros); capacidade de resposta aos novos desafios de cada tempo, em domínios tão diversos como os da ecologia (em 2015 o FC Porto foi considerado o clube mais ecológico do mundo do futebol) e do turismo (o Museu FC Porto foi o primeiro do género a ser aceite como afiliado da Organização Mundial do Turismo e desempenha um papel relevante na dinâmica económica recente da cidade); conceção e consolidação de um discurso sobre o clube e a cidade (não só o Porto, mas a polis, no sentido mais global de comunidade política), que conferiu ao FC Porto um inegável papel político e social.

Em 36 anos, Pinto da Costa, que nunca trabalhou sozinho e sempre reconheceu a importância das equipas que escolheu e liderou, foi o elemento comum a estes sucessos. São três as características que estão na base de uma presidência simultaneamente tão longa e tão bem-sucedida: uma extraordinária habilidade para adaptação a novos contextos, problemas e desafios, seja em que domínio for, seja em que tempo for; uma fidelidade inegociável aos pilares fulcrais de uma liderança que assenta na competência, no rigor, na ambição e na paixão; e uma inesgotável capacidade de sonhar, que permite, a cada momento, mesmo após os maiores sucessos, quando parece que nada mais há a ambicionar, definir novos objetivos. De resto, foi isso que Pinto da Costa explicou, em 2013, no dia em que inaugurou o Museu FC Porto: “Já pensei muitas vezes que não havia mais nada a fazer. A única coisa que posso dizer, partindo do princípio de que sonhar é fácil, é que este é o meu último sonho concretizado, mas não é o meu último sonho”. Enquanto houver sonhos para sonhar, Pinto da Costa irá continuar.» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/36-anos-presidencia.aspx

(PINTO DA COSTA elogia BENFICA)

(36 anos de sonhos e de sucessos)


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