«MAREGA INDICOU O CAMINHO DA BOA ESPERANÇA
FC Porto bateu o Marítimo com um golo do avançado maliano (1-0) e está a um ponto de se sagrar campeão nacional.
Outrora cabo das tormentas, os Barreiros tornaram-se para o FC Porto no cabo da boa esperança… no título. A duas jornadas do fim, a vitória por 1-0 no Estado do Marítimo, que põe fim a uma série de seis anos sem lá ganhar, permite ao líder da Liga NOS aumentar para cinco pontos a vantagem sobre o segundo classificado e ficar à distância de apenas um de garantir a conquista matemática do primeiro lugar. As contas são de somar, são fáceis de se fazer: próximo fim de semana, pode haver campeão em Portugal - no domingo, no Dragão, no jogo frente ao Feirense, ou então no sábado, no sofá, se o dérbi da capital terminar empatado.
A história e a estatística não entram em campo, como tinha dito Sérgio Conceição na antevisão do jogo, e a verdade é que não resistiram a tamanha crença portista, refletida no Mar Azul que na véspera se estendeu do Dragão ao aeroporto, que se arrastou até aos 90 minutos dentro do campo e que foi coroada com o cabeceamento certeiro de Marega no penúltimo minuto to tempo regulamentar - foi o 22.º golo do número 11 nesta edição da Liga, depois de ter bisado no jogo da primeira volta (3-1) frente à equipa que lhe abriu as portas do futebol português.
Começou cedo o assalto à baliza maritimista, com aquela obsessão pelo golo, uma das imagens de marca desta equipa de Sérgio Conceição: após combinar com Marega, Soares rematou, mas Amir negou-lhe a festa, com uma grande defesa (2m). Do outro lado, Casillas também brilhou na forma como negou o êxito aos madeirenses num cabeceamento de Jean Cléber (11m). O FC Porto entrou forte, como lhe é característico, mas o Marítimo, na luta por um lugar europeu, soube reagir, controlar o ímpeto portista e mostrou por que é uma das equipas com melhor performance em casa neste campeonato.
O jogo estava equilibrado e Sérgio Oliveira quis desequilibra-lo: com um passe perfeito, isolou Soares, que à entrada da área foi travado em falta por Amir, o que obrigou o árbitro Carlos Xistra exibir-lhe o cartão vermelho. Estávamos em cima do intervalo, pelo que os efeitos práticos das consequências do lance apenas se puderam ver na segunda parte. E não foi preciso esperar muito para que os Dragões as pusessem, encostando o adversário à sua baliza, de onde raramente saiu: Sérgio Oliveira obrigou Charles a brilhar (47m) e depois foi Otávio, de regresso ao onze, quem esteve perto do golo, quando viu Pablo desviar para a linha de fundo um remate que seguia para o destino certo (51m).
Com as linhas ainda mais recuadas do que antes da expulsão e face à pressão contrária cada vez mais intensa, o Marítimo deixou de ver a baliza de Casillas, mas soube tapar bem os caminhos para sua. Na tentativa de encontrar outros, Sérgio Conceição lançou em campo Corona, mais tarde Óliver e por fim Gonçalo, juntando-o a Soares e a Marega na linha da frente. O treinador arriscou e petiscou, num canto cobrado por Alex Telles a que o avançado maliano deu a melhor sequência e indicou o caminho da boa esperança.
VER FICHA DE JOGO» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/2017%20-%202018/marega-indicou-o-caminho-da-boa-esperanca-4-29-2018.aspx
(Destaques | Resumo: Marítimo 0-1 FC Porto)