«LIDERANÇA DO RANKING DE VITÓRIAS NA VOLTA REFORÇADA
Com o triunfo de Rui Vinhas e da equipa, o FC Porto tem agora 13 conquistas individuais e 13 coletivas.
A 78.ª edição da Volta a Portugal terminou este domingo, com Rui Vinhas a garantir a vitória individual e o W52-FC Porto-Porto Canal a coletiva, o que reforça a liderança portista no histórico da prova. Este foi o 13.ª triunfo de um ciclista azul e branco na geral individual (à frente de Sporting e Benfica, com nove) e também o 13.ª em termos coletivos (logo atrás vem o Sporting, com 12).
A associação com a W52 permite aos azuis e brancos regressar ao lugar mais alto do pódio 34 anos depois de Marco Chagas o ter conseguido e 32 anos depois da suspensão da modalidade. O primeiro triunfo data de 1948, por Fernando Moreira, e depois Dias dos Santos foi primeiro em duas edições consecutivas (1949 e 1950), sendo o único portista a bisar. Seguiram-se vitórias de Moreira de Sá (1952), Carlos Carvalho (1959), Sousa Cardoso (1960), Mário Silva (1961), José Pacheco (1962), Joaquim Leão (1964), Joaquim Sousa Santos (1979), Manuel Zeferino (1981) e a já referida de Marco Chagas (1982). Ou seja, o domínio azul e branco foi exercido por blocos: além do tri, entre 1948 e 1950, houve um tetra, entre 1959 e 1962. E entre 1979 e 1982 garantiram-se quatro camisolas amarelas.
Em termos coletivos, o primeiro lugar da geral foi atingido em 1948, 1949, 1950, 1952, 1955, 1958, 1959, 1964, 1969, 1979, 1980, 1981 e, agora, em 2016. Ou seja, por quatro vezes os títulos individual e coletivo não coincidiram, se bem que seja impossível um corredor ser líder sem o apoio dos colegas. Em 1960, 1961, 1962 e 1982, Sousa Cardoso, Mário Silva, José Pacheco e Marco Chagas, respetivamente, venceram sem que a equipa o fizesse coletivamente. E em 1955, 1958, 1969 e 1980, a vitória coletiva não correspondeu à camisola amarela no fim da volta.
Estas conquistas têm uma acentuada pronúncia do Norte. Dos triunfadores do século XXI, apenas Marco Chagas nasceu a sul de Santa Maria da Feira e a tradição mantém-se. Rui Vinhas, de 29 anos, é natural de Sobrado, Valongo, e é um digno sucessor de protagonistas de conquistas épicas como Dias dos Santos (o tal que um dia disse “Limpámos o sarampo à gajada de Lisboa”), Mário Silva (apesar da intoxicação alimentar que prejudicou os azuis e brancos em 1961) e Manuel Zeferino (cuja fuga na primeira etapa, em 1981, lhe garantiu logo um avanço de 12 minutos e 28 segundos). Muitas histórias saborosas se poderiam recordar do ciclismo azul e branco e certamente mais haverá para escrever no futuro.» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/ciclismo-fc-porto-lideran%C3%A7a-do-ranking-de-vitorias-na-volta-reforcada.aspx
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