«Mosteiro de Travanca, compreendendo o convento, a igreja e a torre
Categoria de Protecção
Classificado como MN - Monumento Nacional
Cronologia
Decreto n.º 2 199, DG, I Série, n.º 16, de 27-01-1916 (ver Decreto)
Nota Histórico-Artística
O mosteiro beneditino de São Salvador de Travanca constitui a "mais notável igreja românica" da área de Amarante, tendo sido fundado em meados do século XII (ALMEIDA, 2001, p. 122). Este cenóbio é um dos mais antigos templos da bacia do Sousa, sendo de destacar o facto de o estabelecimento desta comunidade ser anterior ao grande surto de crescimento económico e populacional de toda aquela região.
O templo conserva grande parte da estrutura românica, à excepção da capela-mor, ampliada no século XVII. O corpo da igreja é composto por três naves escalonadas e cabeceira formada por ábside rectangular e dois absidíolos redondos. A fachada principal, cuja cércea escalonada corresponde às naves, é rasgada ao centro pelo portal axial, de quatro arquivoltas, tímpano liso e capitéis "muito bem elaborados" (Idem, ibidem), cujo conjunto "bem conseguido (...) mostra a melhor escultura românica da região." (ALMEIDA, 1986, p. 100).
Do lado direito foi edificada no século XIV a torre defensiva que se considera "(...) como uma afirmação senhorial do mosteiro." (ALMEIDA, 2001, p. 123). A estrutura militar gótica contrasta com a decoração de gosto românico, bem patente no Agnus Dei esculpido no tímpano da porta, numa tentativa de revivalismo dos modelos do românico bracarense (Idem, ibidem).
No século XVII a comunidade monacal procedeu a obras no mosteiro, ampliando a capela-mor e reconstruindo o espaço do claustro, onde o mestre canteiro João Lopes de Amorim edificou um chafariz (REIS, 2000, p. 174), que actualmente já não integra o espaço.
Catarina Oliveira
(Mosteiro São Salvador de Travanca)
(Mosteiro de Travanca)
(Mosteiro do Salvador de Travanca)
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