29/05/17

Criminalidade - Na origem do acontecimento está o facto da Faculdade de Medicina de Lisboa ter exposta, no seu teatro anatómico, a cabeça de Diogo Alves, mais conhecido como o "assassino do Aqueduto das Águas Livres".




«Cabeça de assassino põe faculdade lisboeta na imprensa internacional

Na origem do acontecimento está o facto da Faculdade de Medicina de Lisboa ter exposta, no seu teatro anatómico, a cabeça de Diogo Alves, mais conhecido como o "assassino do Aqueduto das Águas Livres".

Apesar de ser um pouco estranho e até mesmo incomodativo, para os físicos e técnicos anatómicos, que por lá passam todos os dias, já como que se tornou um bocado “indiferente e familiar” ver a cabeça de Diogo Alves conservada em formol, de acordo com a revista Atlas Obscura, que destaca num artigo esta história peculiar que envolve uma faculdade portuguesa.

O assassino do Aqueduto das Águas Livres foi o último homem a ser enforcado em Portugal. Diogo Alves nasceu em 1810, na Galiza, e foi enforcado a 19 de fevereiro de 1841, no cais do tojo. Durante três anos (1836 – 1839), o assassino assaltava as vítimas que atravessavam o monumento, atirando-as do topo do Arco Grande, a 65 metros de altura, para que não fosse apanhado.

De acordo com algumas fontes citadas pelo site ‘História de Portugal’, ao fim do primeiro ano de assassinato, Diogo Alves já havia morto cerca de 70 pessoas. Foi considerado o homem mais odiado e célebre do país.

Após ter sido enforcado, alguns cientistas da Escola Médico Cirúrgica de Lisboa deceparam a cabeça do assassino, alegando ser objetivo de estudo para perceber a mente de um criminoso. Contudo, não há certezas de que tal tenha chegado a acontecer.

No século XX, o assassino originou um filme mudo denominado “Os crimes de Diogo Alves”, que estreou a 26 de abril de 1911, no Salão Trindade. O filme, que rodou durante três semanas no Aqueduto das Águas Livres e no Hipódromo do Bom Sucesso, custou 200 mil réis, o equivalente a cerca de 2,500 mil euros em valores atuais, segundo o mesmo site.» in http://www.jornaleconomico.sapo.pt/noticias/cabeca-de-assassino-poe-faculdade-lisboeta-na-imprensa-internacional-164807


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