09/01/17

Desporto Futebol - Com a quarta Bola de Ouro já exposta no Museu CR7 no Funchal, Cristiano Ronaldo é agora o melhor do mundo para o órgão que regula o futebol mundial, a FIFA.




«FIFA confirma: Ronaldo é mesmo o melhor do mundo

Este ano marca o interregno da cooperação entre a revista France Football e a FIFA. Com a quarta Bola de Ouro já exposta no Museu CR7 no Funchal, Cristiano Ronaldo é agora o melhor do mundo para o órgão que regula o futebol mundial, a FIFA.

"Tinha muita coisa para dizer mas agora bloqueei", disse Ronaldo ao receber a distinção de Melhor Jogador do Mundo. "O ano de 2016 foi o melhor ano da minha carreira", disse Ronaldo, assumindo porém que muitas dúvidas havia. Ronaldo disse que gostava de ter visto Fernando Santos ser distinguido com o prémio de Melhor Treinador do Ano, agradeceu à família e a todos os que votaram nele. "Os prémios falam por si mesmo, gostava que o Messi estivesse aqui, assim como todos os jogadores do Barcelona. Não vou dar o grito, só vou fazer o gesto..." - a audiência fez "siiimmm" por ele, Ronaldo, o Melhor Jogador do Ano.

Estávamos em pleno verão quando, com Fernando Santos ao leme, a Seleção Portuguesa de Futebol rumou para França à conquista do Euro2016. Segue-se um, dois, três empates. Outro, outro e Eder. Sai uma bofetada de luva branca para aqueles que não acreditaram. Estávamos a 10 de julho e a Seleção Nacional de Futebol saía de França vitoriosa.

Já em França, Ronaldo foi: melhor marcador em fases finais do Euro; efetuou mais jogos em fases finais do Euro; jogador com mais internacionalizações por Portugal; primeiro jogador a marcar em quatro fases finais do Euro e melhor marcador na história dos europeus.

Surpreende, portanto, esta distinção de Ronaldo? Nem por isso. Tanto assim é que o Barcelona emitiu um comunicado à última da hora a anunciar que Messi, Suárez, Iniesta e Piqué não iriam marcar presença na cerimónia. Afinal, Ronaldo marcou 48 golos em 52 jogos durante o ano civil (pelo Real Madrid e pela Seleção das Quinas), ganhou a Liga dos Campeões e capitaneou a seleção vencedora do Euro 2016. 

O capitão da equipa das quinas venceu o prémio para melhor jogador da FIFA em 2008, em 2013 e 2014, os dois últimos anos em que o galardão estave associado à Bola de Ouro. O argentino Lionel Messi (FC Barcelona), que já tem cinco prémios, e o francês Antoine Griezmann (Atlético de Madrid), que se estreia no ‘top-3’, eram os adversários do português.

Em maio, na final da Liga dos Campeões de 2015-2016, o Real Madrid sagrou-se campeão europeu pela 11ª vez. Ronaldo desempenhou um papel fundamental e teve uma "visão" sobre desfecho do encontro. "Tive uma visão, vi que ia marcar o penálti da vitória e foi por isso que pedi a Zidane que me colocasse em quinto na lista", disse o jogador português que, com o remate certeiro, colocou o marcador em 5-3, após 1-1 no tempo regulamentar e prolongamento.

Nessa mesma final, no estádio San Siro, em Milão, em Itália, na reedição da final de 2014, em Lisboa, ganha pelo Real Madrid, Sérgio Ramos inaugurou o marcador aos 15 minutos, mas Ferreira-Carrasco repôs o empate para o Atlético e levou o jogo para o tempo extra, depois de o seu colega Griezmann ter desperdiçado uma grande penalidade no início do segundo tempo. Depois de meia hora de prolongamento sem golos, Juanfran falhou o quarto remate da marca de grande penalidade para o Atlético de Madrid e Cristiano Ronaldo marcou o penálti decisivo para o Real Madrid, tornando-se o primeiro português com três títulos de campeão europeu.

No Euro 2016, o português desempenhou vários papéis que ajudaram a conquistar o maior dos troféus ao nível europeu de futebol: foi jogador, adepto, capitão, treinador, treinador-adjunto, líder e, juntamente com Fernando Santos, fundamental para que o sonho de mais de 11 milhões de portugueses de tornasse realidade. Um sonho que, à partida, parecia impossível de alcançar. Mesmo a lesão que o fez sair  aos 25 minutos do primeiro tempo na final foi incapaz de o obrigar a abandonar verdadeiramente o campo. Conseguia sentir-se a presença do CR7 a servir de combustível aos seus já desgastados colegas.

No Mundial de clubes, no Japão, novamente determinante: marcou três golos no triunfo do Real Madrid frente aos japoneses do Kashima Antlers, por 4-2, após prolongamento, em Yokohama. Foi a segunda vez que os blancos conquistaram o troféu, depois do triunfo em 2014, sucedendo ao FC Barcelona. Sem surpresa, coroou a sua presença no torneio ao ser eleito como o melhor jogador da competição.

O desempenho dentro das quatro linhas valeu-lhe a quarta Bola de Ouro. “É uma grande honra”, disse Ronaldo quando recebeu o troféu no Barnabéu. “A emoção é igual à primeira. É novamente um sonho tornado realidade. Nunca pensei vir a ganhar quatro bolas de ouro. Estou muito contente e feliz.”

Em novembro, na Liga Espanhola, bateu outro recorde: passou a lenda Di Stéfano com um hat-trick no derbi madrileno. Ronaldo inaugurou o marcador num livre direto muito feliz, já que a bola desviou na barreira e traiu Oblak, chegou ao ‘bis’ de penálti, que o próprio ‘cavou’, caindo perante Savic, e apontou o terceiro à boca da baliza, limitando-se a encostar um passe da esquerda do galês Gareth Bale.

O melhor dentro e fora de campo

CR7 figurou também pelo sétimo ano consecutivo no onze do jornal diário francês L’Equipe. Aliás, ele e mais três jogadores do Real Madrid: Sérgio Ramos, o croata Luka Modric e o brasileiro Marcelo.

Foi igualmente eleito pela 11.ª vez, um registo recorde, para a Equipa do Ano pelos utilizadores da página oficial da UEFA.

O futebolista foi eleito estrela mundial do ano pela Eurosport, depois de uma votação entre os telespetadores do canal televisivo de desporto. Ronaldo recebeu 40 por cento das preferências, superando, com larga vantagem, as duas maiores figuras dos Jogos Olímpicos Rio2016: o jamaicano Usain Bolt e o norte-americano Michael Phelps. O velocista jamaicano recebeu 25 por cento dos votos, enquanto o nadador norte-americano mereceu 12 por cento das preferências.

Em agosto, Cristiano Ronaldo venceu o prémio de Melhor Jogador da Europa com 40 dos 55 votos (72,7%) e igualou Lionel Messi com dois triunfos na eleição da UEFA.

Mas também foi um campeão da Internet e fora dos relvados. De acordo com o mapa publicado pela ferramenta Google Trends, verificou-se que o português dominou as pesquisas por nomes de futebolistas no motor de busca em 2016. Foi o nome mais frequente entre jogadores de futebol na maior parte dos países, à frente do astro argentino do FC Barcelona, Lionel Messi.

Nesta matéria, e no que à estatística em Portugal diz respeito, as preferências recaíram de forma pouco surpreendente no capitão da seleção nacional. Mas convém frisar que os companheiros que compõem a dupla ofensiva catalã composta por Messi e o brasileiro do Neymar ficaram em segundo e terceiro, respetivamente.

Em 2016, ditou aquilo que há muito já se sabe: que o português é um fenómeno de popularidade. Num mundo onde a partilha é rainha, o português é a segunda pessoa com maior número de seguidores nas redes sociais, apenas atrás da cantora norte-americana Taylor Swift, de acordo com um estudo publicado pela empresa Apple Tree Comunications. Estes dados incluem o aglomerado das três principais redes: Instagram, Facebook e Twitter.

E não é de estranhar que, com esta popularidade, tenha rubricado novo contrato com a marca desportiva norte-americana que o patrocina desde os tempos do Manchester United e da qual o jogador português é um dos principais rostos a nível mundial. “A bem-sucedida parceria estabelecida entre Nike e Ronaldo vai prosseguir no futuro com um novo contrato de longo prazo”, pode ler-se no comunicado da Nike.

Segundo a revista Forbes, o português é já o desportista mais bem pago do planeta com receitas de cerca de 80 milhões de euros por ano.

Por outro lado, o ano de sonho de CR7 ficou marcado pelo episódio de evasão fiscal em Espanha, com vários documentos divulgados no âmbito do caso ‘Football Leaks’. Ronaldo garante que não fez "nada de mal". A imprensa discorda. “Tudo isto não me está a fazer bem. Tento fazer as coisas de forma transparente. É difícil, não só para mim como também para as pessoas que estão ao meu lado. A minha família, o meu filho e toda a gente que trabalha comigo”, admitiu o jogador português.



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