02/12/12

Ciência - Boas notícias são-nos dadas por cientistas portugueses que desenvolveram uma estratégia para que as células cancerosas se suicidassem, evitando assim a propagação da doença!



«Portugal: Cientistas obrigam células cancerosas a suicidarem-se

Descoberta abre portas à pesquisa e evolução de estudos sobre a Cura do Cancro

Uma das doenças que mais assombram a população Mundial é o Cancro.  Esta doença que se caracteriza por uma proliferação anormal das células, atingi uma grande parte das pessoas em vários pontos do Mundo. 

Existem vários tipos de Cancro, como o do pulmão, o da mama, o da pele, etc, e profissionais de saúde por todo o Mundo esforçam-se para descobrirem um tratamento mais eficaz, ou uma possível cura para esta patologia.

Boas notícias são-nos dadas por cientistas portugueses que desenvolveram uma estratégia para que as células cancerosas se suicidassem, evitando assim a propagação da doença.

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A Luta contra o Cancro é um movimento que tem tentado, ao longo dos anos dar respostas cada vez mais fiáveis e eficazes no tratamento e possível cura deste doença que atingi, diariamente, milhares de pessoas por todo o Mundo.

O Cancro é uma doença delicada, que se demonstra em vários tipos, e pode atingir todos os sexos, idades e sem olhar a classes sociais.

No entanto as boas notícias chegam-nos pelas mãos de cientistas portugueses, que desenvolveram uma estratégia que ‘obriga’ as células cancerosas a suicidarem-se, evitando a sua multiplicação e agravamento da doença.

O grupo de cientistas, coordenado por Helder Maiato, de 36 anos, do Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC) da Universidade do Porto, utilizaram a primeira linha de células tumorais isolada, do ano de 1951, oriunda de um cancro do colo do útero. Estas são células bastante utilizadas em laboratório, como um modelo, uma vez que possuem características imortais. A partir destas células, os cientistas portugueses fizeram várias experiências, registadas em microscópio, e conseguiram interferir nesse processo de divisão celulas, isto é, evitar que as células de propaguem, através do seu suicídio, e agravem a doença.

Uma célula, ao dividir-se, desencadeia um processo de mitose, isto é, toda a informação genética compacta existente nos cromossomas, terá que se distribuir de forma igual, formando-se assim uma pequena ligação entre os cromossomas e a maquinaria que faz a distribuição da divisão células. Segundo Helder Maiato “Alterações neste interface são conhecidas por estarem na base da instabilidade genética que ocorre em vários tipos de cancro”.

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Na imagem, a célula da direita, que está a tentar dividir-se, tem o fuso mitótico com os dois pólos (amarelo) ligados por “cordas”.

A equipa de cientistas debruçou-se na compreensão do controlo e ligação existente entre o cinetócoro e o fuso miyótico, uma vez que, “Para se mexerem, os cromossomas precisam que estas cordas actuem e o ponto de ligação entre elas e os cromossomas é o cinetócoro”.

Após várias experiências com o objectivo de desenvolver uma modificação neste processo, através de uma única reacção química, o resultado foi surpreendente, e Helder Maiato indica que “Quando impedimos que esta modificação acontecesse, as células não conseguiam estabilizar o interface e não conseguiam fazer o tal fuso mitótico e dividir-se. […] Acabavam por morrer, sem conseguirem dividir-se.”

O suicídio das células cancerosas resulta de uma simples alteração de uma única letra no gene que comanda o fabrico da CLASP2, as proteínas que ajudam a agarrar o cinetócoro às cordas do fuso mitótico.

“Através de uma única modificação, podemos controlar o processo de divisão celular”, resume Helder Maiato.

Esta descoberta foi já publicada pela revista Journal of Cell Biology, editada pela Universidade Rockefeller, nos EUA, e está na base de um pedido de patente para a Europa, apresentado pelo IBMC no Reino Unido em Outubro.

Relativamente à simplificações que estas descobertas podem ter no futuro, o cientista português afirma que “Deste resultado saiu uma potencial nova terapia. Pode ser feita uma pequena modificação nesta proteína em laboratório e, ao introduzir a proteína nas células certas – neste caso, nos tumores –, poderemos impedir que se dividam […] Pode haver empresas interessadas no uso desta modificação.”

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Esta descoberta continua a aperfeiçoar a sua intervenção e o processo que fará as células cancerosas suicidarem-se, para assim poder dar resposta aos vários tipos de cancro e às diversas formas como este de manifesta nos humanos pois, segundo Maiato “Há várias maneiras de esfolar um coelho”.

A imagem acima, demonstra a captação de diversas sequências de imagens conseguidas em microscópio, do processo das células na presença da proteína alterada. Numa das sequências, pode ver-se que, ao fim de 9 horas após terem perdido os dois pólos do fuso mitótico, as células doentes suicidaram-se.

Já decorrem ensaios em seres humanos com substâncias que afectam a formação do fuso mitótico, no entanto inibem a Plk1 (proteína que desencadeia a reacção química).
Os cientistas adoptaram assim uma abordagem diferente, actuando sobre a proteína que sofre a reacção química.

Uma descoberta que pode vir a alterar toda a forma como encaramos o Cancro!» in http://pplware.sapo.pt/pessoal/ciencia_saude/portugal-cientistas-obrigam-celulas-cancerosas-a-suicidarem-se/

Excelente apresentação sobre o tema, no seguinte link:
http://zip.net/bqcCTQ

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