31/12/12

Cidade do Marco de Canavezes - A 20 de outubro passado foi comunicada, através da Superiora Provincial, à provedora da Santa Casa da Misericórdia do Marco de Canaveses (SCMMC), a decisão da Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição (Província de Santa Maria) do encerramento da Fraternidade Santa Isabel, no Marco de Canaveses, tendo como motivo “…. única e exclusivamente a falta de Irmãs, Enfermeiras e outras.”



«Marco de Canaveses: Encerramento da Fraternidade de Santa Isabel da Santa Casa da Misericórdia

A 20 de outubro passado foi comunicada, através da Superiora Provincial, à provedora da Santa Casa da Misericórdia do Marco de Canaveses (SCMMC), a decisão da Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição (Província de Santa Maria) do encerramento da Fraternidade Santa Isabel, no Marco de Canaveses, tendo como motivo “…. única e exclusivamente a falta de Irmãs, Enfermeiras e outras.” 

De imediato a Mesa Administrativa envidou todos os esforços e contactos para que fosse percebida a indissociabilidade da Comunidade Religiosa e da SCMMC. Foram, desde então, muitos os que se associaram nos múltiplos contactos estabelecidos com a Congregação, “pelo significado e presença que é a Comunidade das Irmãs no Hospital Santa Isabel e na cidade do Marco”.

Apesar de serem reconhecidas e respeitadas as regras que regulamentam a organização e funcionamento de uma Comunidade Religiosa, “não se consegue encontrar justificação para a decisão do encerramento desta fraternidade, ultrapassa os limiares da compreensão. Se as Irmãs fazem falta noutras Comunidades, aqui também a fazem e já são parte desta Comunidade”, refere Maria Amélia Ferreira, provedora da SCMMC.

A Comunidade Religiosa encontra-se ao serviço desta população desde 1920, o que quer dizer que acompanhou a transformação da “Associação Beneficente do Marco” em Santa Casa da Misericórdia de Marco de Canaveses. A Comunidade Religiosa confunde-se com a própria Santa Casa, “sendo rosto da Misericórdia junto da população que serve. É ainda de considerar não só o número de anos que algumas das Religiosas estão nesta Santa Casa, mas também a idade que atingiram nesta casa. Ao mesmo tempo, é também de considerar a dedicação e os serviços prestados na SCMMC ao longo de um grande número de anos, que criam uma grande partilha e ajuda para todos os que habitam um determinado lugar”, salienta a provedora.

Neste sentido, estas Religiosas são o “lugar e o rosto” da Misericórdia, mais ainda agora numa época de crise social, económica e de valores, no cumprimento da sua missão enquanto Comunidade Religiosa ao serviço das comunidades que servem.

“Chamou-se a atenção para o facto de que neste momento, retirar o rosto a esta Instituição, e atendendo à idade das Religiosas, é como desenraizar árvores e querer transplantar o conhecimento acumulado para outro lugar. Isto leva a uma grande perda, quer para a Instituição quer para as pessoas. O que faz a diferença é o lado humano, que emerge da presença da Comunidade Religiosa. É a humanização e a dedicação ao próprio serviço que ficam em causa, que os doentes reconhecem – a este nível – que as Irmãs são uma mais-valia para a Instituição. É de competência humana que se trata. As Irmãs fazem falta a este lugar. As Irmãs fazem o que nenhum técnico irá fazer. O lugar vai ficar deslugarizado sem as Irmãs”, diz Maria Amélia Ferreira.

Em Assembleia Geral realizada a 10 de novembro de 2012 foi apresentada esta situação aos Irmãos, tendo sido apresentada uma moção de apoio à manutenção da Comunidade Religiosa, aprovada por unanimidade e aclamação assumindo claramente a Mesa Administrativa e a Assembleia Geral de Irmãos, a importância da presença da Comunidade Religiosa nesta Santa Casa. Esta posição e pedido da Assembleia de Irmãos foi entregue pessoalmente pela provedora à Reverendíssima Madre Geral, a 13 de novembro. Apesar de todas estas diligências, mesmo solicitando um adiamento do prazo de saída, a inflexibilidade da decisão da Congregação manteve-se.

No dia 21 de dezembro foi comunicado, à Santa Casa, que a data de encerramento da fraternidade será dia 6 de janeiro de 2013.

“A inflexibilidade das decisões é algo difícil de compreender em instituições caritativas. As Irmãs são uma presença da Igreja que desaparece no Marco. O Marco e os Marcoenses ficam mais pobres”, completa Maria Amélia Ferreira.» in http://www.imprensaregional.com.pt/averdade/index.php?info=YTozOntzOjU6Im9wY2FvIjtzOjExOiJub3RpY2lhX2xlciI7czo5OiJpZF9zZWNjYW8iO3M6MToiMiI7czoxMDoiaWRfbm90aWNpYSI7czo0OiI2NDUxIjt9

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