25/12/12

Política Nacional - O ex-deputado socialista, Silva Pinto, diz que Seguro não conseguiu constituir uma equipa credível e recusou a colaboração de “reputados socialistas”!

Silva Pinto desfilia-se do PS

«Silva Pinto sai do PS, prevê mais saídas e acusa Seguro de não ter sabido criar equipa

O ex-deputado socialista diz que Seguro não conseguiu constituir uma equipa credível e recusou a colaboração de “reputados socialistas”

O ex-deputado socialista Joaquim Silva Pinto desfiliou-se do PS e prevê que “gradualmente outros venham a afastar-se” do partido. O ex-ministro das Corporações e da Segurança Social, nos tempos de Marcelo Caetano, entrou para o PS em 1991 e entregou o cartão de militante por discordar das opções da actual direcção dos socialistas.

Silva Pinto, que foi deputado no início da década de 90, diz que António José Seguro “é um homem de bem”, mas “não soube constituir uma credível facção de apoio, recusando inexplicavelmente o diálogo e a colaboração de alguns reputados socialistas ou personalidades próximas do socialismo democrático”.

O ex-deputado do PS, num depoimento escrito, defende que Seguro se rodeou de pessoas que “ninguém de bom senso pode confundir com o futuro governo de Portugal”, e pensa mesmo que “os resultados favoráveis das sondagens cairiam a pique no dia em que fosse inevitável apresentar o elenco de um executivo liderado por Seguro”.

O ambiente que se vive na “sede do PS” é classificado por Silva Pinto como “um clube elitista reservado a altos dirigentes”. “Outros tempos e outras gentes”, lamenta o ex-governante, que se aproximou dos socialistas nos tempos de Mário Soares e foi um dos apoiantes da candidatura do fundador do partido à presidência da República.

A entrada para o PS só aconteceu em 1991, pela mão de Jorge Sampaio, que liderava o partido. Foi nessa altura que Silva Pinto foi eleito deputado na Assembleia da República, um cargo que ocupou até ao fim do cavaquismo.

Com a chegada de António Guterres ao poder, Silva Pinto afastou-se da política activa e dedicou-se à gestão de empresas, mas continuou a acompanhar a vida interna do PS. Nas últimas eleições para a liderança optou por votar em António José Seguro, mas deixou de acreditar no actual secretário-geral por não ter uma alternativa para ultrapassar a crise que o país vive. O ex-deputado do PS prevê mesmo que “gradualmente outros venham a afastar-se do PS” e revela que, nos encontros com antigos e actuais dirigentes, percebeu que “germina no PS uma alternativa” à actual liderança.

Silva Pinto critica ainda o secretário-geral do PS por se ter afastado do consenso com o governo, mas lamenta que Passos Coelho não tenha feito ainda uma remodelação. “Não se compreende a permanência no governo de alguns ministros e secretários de Estado”, diz o ex-ministro, que, em entrevista ao i em Julho, já tinha defendido que Miguel Relvas “enterra qualquer primeiro-ministro”.

Apesar disso, o até agora militante socialista elogia o governo por ter conseguido “um clima favorável para Portugal nos meios internacionais”. Aos que ficam no PS, Joaquim Silva Pinto pede que “saibam vencer o egoísmo da defesa de interesses pessoais ou as comodidades da rotina”.» in http://www.ionline.pt/portugal/silva-pinto-desfilia-se-ps-preve-outros-venham-afastar-se

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