10/12/12

AMARANTE – O Presidente da Câmara de Amarante, Armindo Abreu, entrega, a 15 de Dezembro, sábado, na Biblioteca Municipal Albano Sardoeira, o Prémio Pascoaes, atribuído a Manuel António Pina, recentemente falecido, pelo seu livro “Como se desenha uma casa”!



«Armindo Abreu entrega Prémio Pascoaes a 15 de Dezembro

AMARANTE – O Presidente da Câmara de Amarante, Armindo Abreu, entrega, a 15 de Dezembro, sábado, na Biblioteca Municipal Albano Sardoeira, o Prémio Pascoaes, atribuído a Manuel António Pina, recentemente falecido, pelo seu livro “Como se desenha uma casa”.

A obra, editada pela Assírio & Alvim, foi escolhida de entre os 166 livros, de cento e cinquenta e nove autores, apresentados a concurso, tendo o júri sido constituído pelos escritores Abel Barros Batista, António José Queiroz, João Paulo Sousa, Joana Matos Frias e Luís Adriano Carlos.

O Prémio Teixeira de Pascoaes, de periodicidade bienal, foi instituído em 1997, aquando do 120º aniversário do nascimento do poeta.

Na lista de premiados constam os autores Paulo José Miranda, com o livro “A Voz que nos Trai” (1ª edição); Fernando Guimarães, com a obra “Limites para uma Árvore” (2ª edição); Fernando Echevarría, com “Introdução à Poesia” (3ª edição); Daniel Faria e Amadeu Batista por, respetivamente, “Poesia Reunida” e “Paixão” (4ª edição) e Eduarda Chiote, por “O Meu Lugar à Mesa” (5ª edição). Em 2008, foi distinguido o escritor João Rui de Sousa, pela sua obra “Quarteto para as próximas chuvas” e em 2010 (7ª edição) Armando Silva Carvalho, com o livro “Anthero Areia & Água”.

Manuel António Pina

Jornalista e escritor, Manuel António Pina nasceu no ano de 1943, no Sabugal, na Beira Alta. Licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra, em 1971, exerceu a advocacia e foi técnico de publicidade. Abraçou a carreira de jornalista no Jornal de Notícias, onde passou a editor. A sua colaboração nos “media” também se distribui pela rádio e pela televisão.

Autor de livros para a infância e juventude e de textos poéticos, a sua obra apresenta uma grande coesão estrutural e reflete uma grande criatividade, exige do leitor um profundo sentido crítico e descodificador.”Brincando” com as palavras e os conceitos, num verdadeiro trocadilho, Manuel António Pina faz da sua obra um permanente “jogo de imaginação”, tal labirinto que obriga a um verdadeiro trabalho de desconstrução para se encontrar a saída.

Afirmou-se como uma das mais originais vozes poéticas na expressão pós-pessoana da fragmentação do eu, manifestando, sobretudo a partir de Nenhum Sítio, sob a influência de T. S. Elliot, Milton ou Jorge Luis Borges, uma tendência para a exploração das possibilidades filosóficas do poema, transportando a palavra poética “quer para a investigação do processo de conhecimento quer para a investigação do processo de existência literária” (cf. MARTINS, Manuel Frias – Sombras e Transparências da Literatura, Lisboa, INCM, 1983, p. 72).

Transmissora de valores, muita da sua obra infantil e juvenil é selecionada para fazer parte dos manuais escolares, sendo também integrada em antologias portuguesas e espanholas.

Os seus textos dramáticos são frequentemente representados por grupos e companhias de teatro de todo o país e a sua ficção tem constituído o suporte de alguns programas de entretenimento televisivo, de que é exemplo a série infantil de doze episódios Histórias com Pés e Cabeça, 1979/80.

Como escritor, é autor de vários títulos de poesia, novelas, textos dramáticos e ensaios, entre os quais: em poesia – Nenhum Sítio (1984), O Caminho de Casa (1988), Um Sítio Onde pousar a Cabeça (1991), Algo Parecido Com Isto da Mesma Substância (1992); Farewell Happy Fields (1993), Cuidados Intensivos (1994), Nenhuma Palavra e Nenhuma Lembrança (1999), Le Noir (2000), Os Livros (2003); em novela – O Escuro (1997); em texto dramático – História com Reis, Rainhas, Bobos, Bombeiros e Galinhas (1984), A Guerra Do Tabuleiro de Xadrez (1985); no ensaio – Anikki – Bóbó (1997); na crónica – O Anacronista (1994); e, finalmente, na literatura infantil – O País das Pessoas de Pernas para o Ar (1973), Gigões e Amantes (1978), O Têpluquê (1976), O Pássaro da Cabeça (1983), Os Dois Ladrões (1986), Os Piratas (1986), O Inventão (1987), O Tesouro (1993), O Meu Rio é de Ouro (1995), Uma Viagem Fantástica (1996), Morket (1999), Histórias que me contaste tu (1999), O Livro de Desmatemática e A Noite, obra posta em palco pela Companhia de Teatro Pé de Vento, com encenação de João Luís.

A sua obra tem merecido, frequentemente, destaque, tendo sido já homenageado com diversos prémios, como, por exemplo, o Prémio Literário da Casa da Imprensa, em 1978, por Aquele Que Quer Morrer; o Grande Prémio Gulbenkian de Literatura para Crianças e Jovens e a Menção do Júri do Prémio Europeu Pier Paolo Vergerio da Universidade de Pádua, em 1988, por O Inventão; o Prémio do Centro Português de Teatro para a Infância e Juventude, em 1988, pelo conjunto da obra; o Prémio Nacional de Crónica Press Clube/Clube de Jornalistas, em 1993, pelas suas crónicas; o Prémio da Crítica da Associação Portuguesa de Críticos Literários, em 2001, por Atropelamento e Fuga; e o Prémio de Poesia Luís Miguel Nava e o Grande Prémio de Poesia da APE/CTT, ambos pela obra Os Livros, recebidos em 2005. Em 2011 foi-lhe atribuído o Prémio Camões.» in http://local.pt/armindo-abreu-entrega-premio-pascoaes-a-15-de-dezembro/


(Amarante, 8º Prémio Amadeo Souza-Ccardoso)

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