19/06/18

Concelho de Felgueiras - A Igreja do Mosteiro de Caramos é um histórico monumento religioso cujo claustro foi desmantelado pelo liberalismo, restando a sua alterada igreja, sagrada em 1141.


 (Igreja Conventual de Caramos, com São Martinho Patrono)

Caramos vem de dar a cara aos Mouros... nas lutas contra os locais cristãos...

«Igreja Conventual de Caramos 

A capela-mor e o arco cruzeiro da igreja estão revestidos de bonita talha barroca com interessantes figurações dramáticas. 

O tecto da igreja, pintado, está organizado em caixotões com interessantes motivos sagrados, o mesmo acontece com o tecto da sacristia onde pode admirar-se uma galeria de boas pinturas. 

No adro existe um cruzeiro, datado de 1688.» in http://antigo.cm-felgueiras.pt/VSD/Felgueiras/vPT/Publica/OConcelho/PontosInteresse/Outros/igrejaconventualcaramos.htm

http://junkeira.blogspot.com/2016/01/caramos-igreja-conventual-calvario-e.html

https://digitarq.arquivos.pt/details?id=1459337

http://macieiradalixa-caramos.pt/?page_id=11

«LENDA SOBRE A ORIGEM DO VOCÁBULO CARAMOS – FELGUEIRAS

A tradição irá conduzir-nos à origem  etimológica do vocábulo Caramós.

É sabido que Dom Fernando Magno, que foi rei de Castela, fôra casado com Dona Sancha, que por sua vez era irmã de Dom Bermundo, rei de Leão. Na sua ambição de unir os dois reinos (Castela e Leão), Dom Fernando moveu guerra ao seu cunhado que acabou sucumbido às mãos daquele, no ano da graça de Nossa Senhor Jesus Cristo de 1036; tornando-se assim, pela via da conquista e da herança rei de Castella e Leon. Dom Fernando veio a falecer em 1065, não sem antes ter tomado inúmeras terras aos mouros, desde o Minho até ao Mondego, incluindo a cidade de Coimbra (Conimbriga), ficando o curso de água a delimitar a sul as suas conquistas.

Por essa altura era governador e general das províncias do Minho e Trás-os-Montes, o valente conde Dom Nuno Mendes, que habitava em Guimarães. No sítio onde em nossos dias se localiza o convento (o então chamado Campo da Veiga) teve aquele conde uma batalha com os mouros, decorria o ano de 1060 e na qual os cristãos sairiam derrotados, atendendo ao elevado número de inimigos e à pouca convicção dos portugueses.

Todos os meios empregues por Dom Nuno se goraram na expetativa de dar ânimo aos seus guerreiros; contudo e sem que alguém estivesse a contar, aparece o São Martinho montado no seu veloz cavalo branco, armado com uma afiada lança, que vai espetando nos mouros, sem pinta de dó ou piedade, ao mesmo tempo que gritava do alto da sua cavalgadura:

– “CARA AOS MOUROS”!

Há os apologistas de que a frase foi gritada não pelo santo, mas sim pelo conde … e que se completava:

– “CARA AOS MOUROS! SÃO MARTINHO ESTÁ CONNOSCO!”

Os cristãos, verificando que o santo estava a favor deles, viraram a cara aos mouros valorosamente, obrigando estes a baterem-se em retirada.

Para perpetuar esta sofrida vitória e como reconhecimento a São Martinho, o conde fundou no ano de 1068, no mesmo sítio da peleja, uma capela com a invocação de São Martinho de Cara aos Mouros.

É precisamente da expressão “cara aos mouros” que deriva, por abreviatura, Caramós. Aliás, os portugueses antigos chamavam aos mouros “mós” ou “mons”. E de Caramós, se chegou a CARAMOS dos nossos dias.» in (Baseado in “Portugal Antigo e Moderno”, by PINHO LEAL, Augusto Soares d’Azevedo Barbosa de, Livraria Editora Tavares Cardoso & Irmão, em Lisboa, ano de 2006, tomo II, página 100) in http://www.faroldanossaterra.net/2016/06/18/lenda-sobre-a-origem-do-vocabulo-caramos-felgueiras/

(Caramos | Norberto Amaral Pinheiro a cantar Laurindinha)

(Restauro do Órgão de Tubos de Caramos)


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