26/09/11

Ciência - Os neutrinos, partículas sub-atómicas de difícil detecção cuja interação com a matéria é muito fraca e a massa muito pequena, foram medidos a uma velocidade que ultrapassa ligeiramente a velocidade da luz, considerada até agora como um "limite intransponível"!

CERN adianta que neutrinos ultrapassam velocidade da luz.

«Neutrinos ultrapassam velocidade da luz


Resultados põem em causa bases da Física moderna
2011-09-23


Os neutrinos, partículas sub-atómicas de difícil detecção cuja interação com a matéria é muito fraca e a massa muito pequena, foram medidos a uma velocidade que ultrapassa ligeiramente a velocidade da luz, considerada até agora como um "limite intransponível", segundo anunciaram físicos da Organização Europeia para a Física de Partículas (CERN).


Caso seja confirmado por outras experiências, este "resultado surpreendente" e "totalmente inesperado" face às teorias formuladas por Albert Einstein poderá abrir "perspectivas teóricas completamente novas", sublinha ainda o laboratório. Segundo Einstein e a sua teoria da relatividade, nada no universo pode ultrapassar a velocidade da luz, pelo que a descoberta agora anunciada põe em causa as mais importantes bases da Física moderna.
As medições efetuadas pelos especialistas com experiência internacional desta investigação, a que se chamou Opera, concluíram que um feixe de neutrinos percorreu os 730 quilómetros que separam as instalações do CERN, em Genebra, do laboratório subterrâneo de Gran Sasso, no centro de Itália, a 300,006 quilómetros por segundo, ou seja, uma velocidade superior em seis quilómetros por segundo à velocidade da luz.


"Por outras palavras, para uma corrida de 730 quilómetros, os neutrinos cruzaram a linha de chegada com 20 metros de avanço" sobre a luz, caso esta tivesse percorrido a mesma distância terrestre, exemplifica ainda.


"Longos meses de investigação e de verificações não nos permitiram identificar um efeito instrumental que explique os resultados das nossas medições", reconheceu o porta-voz da investigação Opera, Antonio Freditato, que se mostrou "ansioso" por comparar estes resultados com outras experiências.


"Tendo em conta o enorme impacto que tal resultado poderá ter na Física, são necessárias medições independentes para que o efeito observado possa ser refutado ou então formalmente estabelecido", conclui. "É por isso que os investigadores do projecto Opera desejam abrir este resultado a um exame mais amplo por parte da comunidade de físicos", acrescenta.» in http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=51057&op=all

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