21/09/11

Amarante Serra do Marão - O baldio de Ansiães, concelho de Amarante, vai ser dado como exemplo no primeiro Congresso Europeu das Áreas Comunitárias, que começa na sexta-feira, em Vila Real!



«Baldios: Conselho Diretivo de Ansiães aposta no apoio à comunidade

O Conselho Diretivo de Ansiães, um dos maiores do Norte, aproveitou as receitas provenientes do baldio para construir um centro social, pavimentar várias ruas na aldeia e criar uma equipa de sapadores que dá emprego a cinco pessoas.

O baldio de Ansiães, concelho de Amarante, vai ser dado como exemplo no primeiro Congresso Europeu das Áreas Comunitárias, que começa na sexta-feira, em Vila Real, e vai juntar representantes de comunidades baldias de vários países europeus.

Arménio Miranda disse à Agência Lusa que o baldio de Ansiães possui cerca de 2.500 hectares (ha) e que as receitas provêm essencialmente das rendas dos parques eólicos e das antenas das operadoras de telemóveis.

A prioridade dos compartes foi dotar a freguesia de infraestruturas básicas como o centro social, onde decorrem eventos como espetáculos de teatro ou festas, o jardim-de-infância, um parque desportivo e de jogos, bem como na pavimentação de ruas.

O responsável acrescentou que anualmente são investidos cerca de 15 a 20 mil euros na reflorestação e que são ainda construídos caminhos florestais.

A maior despesa do Conselho Diretivo é a manutenção da equipa de sapadores florestais, que custa 30 mil euros por ano à associação, e dá emprego a cinco pessoas da localidade.

Arménio Miranda queixou-se que, neste momento, o «Estado está a fazer muito pouco» pela preservação do espaço florestal. Organizado pela Federação Nacional dos Baldios (BALADI), o congresso pretende, segundo o dirigente Armando Carvalho, reunir pela primeira vez representantes das comunidades baldias de vários países da União Europeia para dar a conhecer a realidade de cada um.

O objetivo é também «procurar em conjunto a melhor forma de defender, valorizar e desenvolver esta forma ancestral de propriedade».

Actualmente, o Estado português reparte a gestão dos baldios com os conselhos diretivos. Armando Carvalho referiu que muitas destas estruturas comunitárias já manifestaram interesse em gerir autonomamente as suas áreas comunitárias, o que, na opinião do responsável, poderia levar a uma gestão mais eficaz e uma maior defesa da floresta.

«Quanto mais despertas as comunidades estiverem para gerir os seus bens, mais despertos estarão para outro tipo de intervenção e de atitude», sublinhou. Existem cerca de 400 a 500 mil ha de terrenos baldios em Portugal. Na região transmontana, contabilizam-se cerca de 180 a 200 mil ha de baldios e 200 conselhos diretivos de compartes.

Armando Carvalho referiu ainda que, no âmbito do congresso, se pretende estabelecer um quadro comparativo entre os vários planos de Desenvolvimento Rural e avaliar o seu impacto na perspetiva dos espaços comunitários.

Em Portugal, acrescentou, existem projetos que estão «há dois anos» à espera de serem aprovados pelo Programa de Desenvolvimento Rural (PRODER), sendo que, sublinhou, até ao momento «apenas foi aplicado um por cento» dos 800 milhões de euros destinados neste programa à parte florestal.

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Aqui está um excelente exemplo da gestão da floresta, que o Estado Português maltrata e despreza, mas quer penalizar os particulares por não cuidarem das suas pequenas parcelas de terreno que são inviáveis em termos financeiros, sem darem o exemplo com as matas estatais, completamente ao abandono.


4 comentários:

  1. Tudo muito bonito sim senhor, mas quando se faz a reflorestação pagamos todos nos ( O contribuinte, o estado a EU) mas quando toca a vender, os lucros são so para aquela freguesia, e deixa-me informar-te que o tal centro social esta ao abandono à mais de 10 anos, esbanjaram nesse centro 90 mil contos, e eu poderia dizer onde enterram mais dinheiro mas vou ficar por aqui, e nem vergonha têm, a aldeia da Povoa que pertence à freguesia, só vê migalhas.

    Tudo publicidade barata e enganosa como de costume.

    Abraço Helder

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  2. Boa noite, Carlos:

    Lamento que seja essa a verdade, pois sei que vais sempre direito aos assuntos sem rodeios...

    Como a fonte me pareceu credível, tive prazer em divulgar uma notícia, em que Amarante é dada como exemplo.

    Mas, sendo como dizes, só tenho que pedir desculpa, pois trata-se de um embuste, mais um em que Amarante e o país se deixam envolver...

    Obrigado, Carlos, pelo teu comentário pertinente!

    Abraço Bode!

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  3. Não Helder não tens culpa nenhuma e desculpa se te fiz sentir isso, tu não podias saber, esse congresso europeu é so fachada v'êm cà e precisam de temas, arranjaram esse e nem se preocuparam e ir ver em loco.

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  4. Que tristeza de país o nosso, sempre a viver de fachada!

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