«Morte envolta em mistério pára funeral
Um telefonema desesperado de Maria do Céu Ferreira, 61 anos, para uma prima, seis horas antes de morrer, levou a que o Ministério Público (MP) de Gaia decidisse, anteontem, interromper o funeral que se realizava em Travanca, Amarante. O procurador mandou que o corpo da mulher fosse levado para o Instituto de Medicina Legal para ser autopsiado. Em causa está uma revelação da prima de Maria do Céu, que garante que esta lhe ligou por volta das 23h00, de quarta-feira, a dizer que o homem que cuidava dela a ia matar. Por volta das 05h00, a mulher morreu.
"A Maria do Céu ligou para a prima horas antes de morrer. Disse que o homem que cuidava dela lhe tinha batido, queria que ela assinasse uns papéis e lhe disse que se não o fizesse, a ia matar. A chamada caiu e a prima nunca mais conseguiu voltar a falar com ela", explicou ao CM um amigo da família.
A morte de Maria do Céu está envolta num enorme mistério. Na declaração de óbito da mulher consta que ela morreu de enfarte do miocárdio. O homem que há vários anos cuidava da vítima, desde a morte do marido dela, contactou de imediato a igreja e a funerária, mas nunca chegou a avisar a prima de Maria do Céu e uma sobrinha da morte, únicas familiares vivas da mulher que pertencia a uma afortunada família de Braga. A família só soube ao final de quinta-feira, através de amigos.António Magalhães, o homem que cuidava de ‘Nininha’, como era conhecida em Amarante, diz-se revoltado com as acusações que a família lhe faz e garante que "é tudo mentira". "Eu, a Nininha e o marido éramos amigos há anos e vivemos os três juntos como uma família. Quando o marido dela morreu pediu-me para não a deixar sozinha e foi o que eu fiz", contou visivelmente incomodado.» in http://www.cmjornal.xl.pt/noticia.aspx?contentID=2EC4B1ED-BF6C-4DF9-9F72-FE3CF541C4B0&channelID=00000010-0000-0000-0000-000000000010
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