«Portugal a 10 à hora
A Selecção Nacional empatou, esta segunda-feira, com Cabo Verde a zero, num particular disputado na Covilhã, onde Fábio Coentrão foi a estrela maior no meio de tanto desastre.
A Selecção Nacional teve uma apresentação bastante ofensiva, tendo estado praticamente instalada no campo da formação adversária, mas a desinspiração, a falta de aceleração, os lances atabalhoados e sem sentido foram mais fortes e impediram que Portugal, num jogo previsivelmente fácil, não fosse além de um nulo.
Nota muito positiva para o único benfiquista na Selecção Nacional, Fábio Coentrão, que conseguiu provocar os maiores desequilíbrios e os melhores cortes de bola.
Nos primeiros minutos de jogo assistiu-se a uma selecção cabo-verdiana muito fechada no seu meio-campo, protegendo muito bem a grande aérea, deixando Portugal rodar a bola entre os seus jogadores.
Cristiano Ronaldo começou o encontro no lado esquerdo e Nani na direito mas os dois avançados foram trocando de posto. A dupla Fábio Coentrão e Nani funcionou e permitiu que trocassem a bola de forma magistral desde o meio-campo até à grande área do guardião Fock.
Ao minuto 17, Pedro Mendes tentou surpreender o guarda-redes de Cabo-Verde com um potente remate de fora de área, obrigando Fock a uma defesa apertada.
A formação orientada por João de Deus bem tentou chegar à área de Eduardo mas a construção de jogo desde o meio-campo até à frente não era das mais criativas e imponentes.
De cabeça, a equipa das quinas poderia ter feito golo mas a bola teimava em sair ao lado da baliza. Primeiro foi Liedson a falhar (25) e depois Bruno Alves (33).
Nas bancadas, com capacidade para 12 mil pessoas, os cerca de 7 mil adeptos puxavam pela equipa com a ajuda das famosas vuvuzelas.
Nos últimos instantes do primeiro tempo, Cristiano Ronaldo, na transformação de um livre directo, chutou contra a barreira e na recarga enviou a bola rente à trave.
Já na segunda parte, a Selecção Nacional quis acelerar o jogo mas a grande área cabo-verdiana parecia um campo electromagnético, transformando a eficácia em nulidade.
Cristiano Ronaldo, que bem tentava “furar” a defesa africana, enviou uma bola, ao minuto 61, obrigando Fock a um voo espectacular e consequente defesa. Fez o mesmo ao minuto 73, ainda se gritou golo no Complexo Desportivo da Covilhã, mas foi apenas ilusão óptica porque a bola embateu contra as redes laterais da baliza de Eduardo.
O árbitro apitou e os adeptos presentes aplaudiram timidamente enquanto os cabo-verdianos faziam a festa com os poucos adeptos presentes.
Recorde-se que Portugal ocupa o 3º lugar do ranking da FIFA e Cabo Verde o 117º.» in http://desporto.sapo.pt/mundial2010/artigo/2010/05/24/portugal_a_10_hora.html
Resumo de um Jogo de sentido único, mas em que Portugal não conseguiu marcar um golo sequer...
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