04/05/10

Política Nacional - Concurso da Parque Escolar exclui empresas nacionais, deve ser para ajudar as PME's Nacionais!

Concurso da Parque Escolar exclui empresas nacionais  «Concurso da Parque Escolar exclui empresas nacionais

por PEDRO SOUSA TAVARESHoje

Para disputar venda de 200 aparelhos a três escolas é preciso certificado, que nenhum fabricante português ainda tem.
Os últimos concursos de compra de computadores para as escolas secundárias, lançados pela Parque Escolar, exigem a apresentação de um certificado de eficiência energética e ambiental - o EPEAT - que apenas algumas multinacionais já obtiveram. Uma regra que gera estranheza a fabricantes nacionais, enquanto a empresa pública diz estar apenas a zelar pela qualidade do produto.
Em causa estão cerca de duas centenas de computadores, a adquirir para três escolas secundárias. Um lote relativamente pequeno face a concursos anteriores.
Mas para Gabriel Santos, representante da Inforlândia, fabricante do computador "português" Insys, trata-se de uma questão de princípio.
"A Parque Escolar tinha um mandato político claro de dar prioridade às empresas nacionais", diz o empresário, lembrando a associação que o Governo tem vindo a fazer entre o investimento na modernização das secundárias e a revitalização da economia.
Contactada pelo DN, a empresa Parque Escolar confirmou a exigência deste certificado, defendendo que "um dos objectivos do programa de modernização é garantir a eficiência energética das escolas". Os estabelecimentos de ensino recebem "cerca de 200 computadores".

A empresa pública, acrescenta ainda que "o que acontece com alguns fornecedores é que não possuem a certificação dos computadores, mas sim os certificados individuais dos vários componentes que os compõem, podendo não ser garantida a sua conformidade como um todo".
Gabriel Santos contrapõe, no entanto, que a empresa - tal como outros fabricantes nacionais - tem "um conjunto de certificações que garantem a eficácia dos seus computadores, nomeadamente energética".
A Inforlândia confessa, pela voz de Gabriel Santos, "estranhar" o porquê de a Parque Escolar introduzir uma norma que não constava de concursos anteriores.
"Se é assim, porque é que não exigiram este certificado nos 24 concursos que lançaram o ano passado [abrangendo perto de 4000 computadores]?", questionou. "No fundo, estamos a falar dos mesmos computadores, só que entretanto têm um novo certificado", disse numa alusão à HP, cujos representantes ganharam os concursos de 2009.
A Parque Escolar defende que todos os seus concursos foram ganhos por empresas nacionais. No entanto, a Inforlândia contrapõe haver uma diferença entre empresas nacionais que representam marcas estrangeiras e outras que efectivamente montam computadores.
"Com estas regras, não só se exclui os fabricantes nacionais como uma rede de empresas locais que poderiam assegurar a manutenção destes computadores, já que as multinacionais têm a sua própria assistência e não é local", diz Gabriel Santos.» in http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1560034

Sem comentários:

Enviar um comentário