O caso impressionante do desaparecimento do Lago Urmia, no Irão, é paradigmático do que está a acontecer no Médio Oriente.
O lago, que na década de 90 tinha cerca de 5.400 quilómetros quadrados, diminuiu o seu tamanho em mais de metade para os atuais 2.500 quilómetros quadrados, como revela uma reportagem da CNN.
As autoridades ambientais locais temem agora que o lago, outrora uma zina turística muito procurada, desapareça por completo.
“As pessoas vinham aqui para nadar e usavam a lama para fins terapêuticos”, explicou Ahad Ahmed, jornalista local, à CNN. Agora apenas se encontram embarcações abandonadas e enferrujadas.
Mas o caso do lago iraniano não é único no Médio Oriente onde, como refere a mesma reportagem, a água está a desaparecer.
A região tem vivido secas persistentes e temperaturas tão altas que mal se adaptam à vida humana. Acrescente-se as alterações climáticas à má gestão e ao uso excessivo da água e o cenário é trágico.
Alguns países do Médio Oriente, como o Irão, Iraque e Jordânia, estão a bombear grandes quantidades de água do solo para rega enquanto procuram a sua autonomia alimentar, explicou à CNN Charles Islândia, do World Resources Institute (WRI).
“Estão a usar mais água do que a disponível pela chuva. E assim os níveis dos lençóis freáticos estão consequentemente a baixar porque se está a retirar a água mais depressa do que aquilo que é reposta pela chuva”, explicou.
No Irão, o lago Urmia encolheu em grande parte porque muitas pessoas o exploraram, e algumas das barragens construídas por causa da rega reduziram o fluxo de água para o lago.
Prevê-se ainda que os invernos do Médio Oriente fiquem ainda mais secos à medida que o globo aquece mais, de acordo o relatório do Painel Intergovernamental para o Clima da ONU.» in https://multinews.sapo.pt/atualidade/medio-oriente-esta-a-ficar-sem-agua-o-caso-impressionante-do-lago-urmia/
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