«Malta: Ordem milenar de nobres
(Ordem de Malta)
Tem um nome pomposo e é uma Ordem católica e aristocrata. Chama-se Soberana Ordem Militar Hospitalar de S. João de Jerusalém, de Rodes e Malta e dedica-se à assistência aos pobres.
O que é que Jorge Jardim Gonçalves, Miguel Horta e Costa, D. Duarte, D. Isabel, os três infantes e a duquesa de Cadaval têm em comum? São cavaleiros e damas da Ordem de Malta. Investido em 2007 na mesma cerimónia, na igreja matriz do Crato, que fez dama a filha mais nova da duquesa de Cadaval, Alexandra, o ex-timoneiro do BCP é um dos mais recentes cavaleiros da Ordem de Malta que existe há quase um milénio. De longo hábito preto com a cruz bordada ao peito, Jardim Gonçalves jurou "defender a fé" e "assistir aos pobres". As novas damas, de tailleur e véu de renda negro na cabeça, fizeram o mesmo.
A história deste grupo de católicos está cheia de acontecimentos extraordinários que parecem saídos de uma lenda longínqua. Tudo começou há mil anos em Jerusalém. Na altura, uns mercadores da região de Amalfi fundaram, sob a regra beneditina, uma igreja, um convento e um hospital de apoio aos peregrinos da Terra Santa. Conhecida apenas como a Ordem dos Hospitalários ou de São João de Jerusalém, recebeu rapidamente o apoio da Santa Sé e das casas reais europeias. Era uma organização poderosa e elitista constituída por aristocratas, característica que ainda hoje a define.
Menos exigente do que no passado na seleção dos membros, existem atualmente três tipos de cavaleiros da Ordem de Malta: no topo de hierarquia estão os de Honra e Devoção. Para se ser aceite neste nível tem de se provar perante um genealogista da Ordem que se tem como antepassados quatro avós nobres em 200 anos seguidos de história da família ou então que a varonia do avô paterno tem 450 anos de nobilitação aprovada. Seguem-se os cavaleiros de Graça e Devoção. Para entrar neste grupo o candidato a membro tem de provar que na varonia do seu avô paterno há pelo menos 200 anos de sangue azul, sem quebras. Na base da pirâmide, a plebe. Os cavaleiros de Graça Magistral só têm de ser bons católicos, de acordo com os critérios estabelecidos pela organização.» in https://www.dn.pt/pessoas/interior/malta-ordem-milenar-de-nobres-1184205.html
(Ordem de Malta)
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