23/05/15

F.C. do Porto Andebol: F.C. do Porto 34 vs Sporting 32 - ​Dragões vencem Leões, após dois prolongamentos, e conquistam o inédito heptacampeonato.



«A SÉTIMA MARAVILHA DO ANDEBOL PORTISTA

​Dragões vencem Sporting por 34-32, após dois prolongamentos, e conquistam o heptacampeonato.

Pela primeira na história do andebol português, há um heptacampeão nacional. Após uma muitíssimo discutida eliminatória com o Sporting, cuja negra teve de ter dois prolongamentos para se encontrar o vencedor, o FC Porto bateu este sábado o Sporting, por 34-32, no Dragão Caixa, fechando assim a eliminatória com um 3-2. Foi um encontro emotivo e bem disputado, com algumas interferências da equipa de arbitragem - três elementos quase ommnipresentes nos cinco encontros -, mas em que os azuis e brancos foram justos triunfadores, coroando um domínio da modalidade sem igual em Portugal. E, na verdade, o hepta não poderia ter sido conseguido de forma mais épica.

O jogo arrancou com uma substituição defesa-ataque de cada lado (Alexis Borges por Nuno Roque no lado dos Dragões e João Antunes por Rui Silva nos lisboetas) e, acima de tudo, com uma grande velocidade. Nenhuma das equipas conseguiu uma vantagem superior a um golo até aos 20 minutos, quando Ricardo Moreira fez o 10-8. Aliás, o FC Porto arrancou aí um parcial de 5-0, passando o resultado de 7-8 para 12-8, com o Sporting a falhar repetidamente nos remates. Aos 27 minutos, Alexis Borges foi excluído, mas os Dragões mantiveram a vantagem de três golos (15-12) até ao intervalo.

Nos quatro primeiros minutos da segunda parte, os Dragões conseguiram um parcial de 4-2 que lhes deu a máxima vantagem até então no encontro: cinco golos (18-13). Foi aí que a dupla madeirense Duarte Santos e Ricardo Fonseca decidiu ser protagonista e, como é habitual, sempre em desfavor dos portistas. A expulsão de João Ferraz, por um toque com o cotovelo, foi exageradíssima e, sobretudo, reveladora da falta de critério repetidamente patenteada. Se Bruno Moreira fosse jogador do FC Porto, teria certamente sido expulso logo aos quatro minutos, por uma falta que verdadeiramente pôs em causa a integridade física de um colega e que foi sancionada somente com uma exclusão.

Porém, os Dragões continuaram a encontrar soluções para marcar e a defender bem, chegando aos 45 minutos a vencer por 23-18 e, aparentemente, com o encontro controlado. Aos 52 minutos Nuno Roque fazia o 25-21 e o hepta parecia estar ao virar da esquina. Só que o Sporting aproveitou uma exclusão de Daymaro Salina e chegou ao último minuto a perder por apenas um golo. Uma defesa de Quintana a um remate do guarda-redes Ricardo Candeias parecia decidir o título, mas o ataque forasteiro ainda originou um livre de nove metros, quando o tempo de jogo já se tinha esgotado. É raro, mas o remate de Fábio Magalhães passou a barreira e levou a partida para prolongamento (25-25).

Na primeira parte do primeiro prolongamento, a situação chegou a estar muito complicada para os Dragões, até porque, ao conseguir o empate daquela forma, o Sporting recebeu um significativo reforço emocional. O FC Porto iniciou o prolongamento com menos um jogador e os forasteiros aproveitaram para cavar uma vantagem de dois golos, que só pode ser desfeita com uma dose muito, mas mesmo muito grande de querer. Quintana foi decisivo e Daymaro acabou por empatar a partida a 29, a três minutos do fim do tempo extra. O Sporting ainda teve um último ataque, com os árbitros a serem muito complacentes com o jogo passivo dos lisboetas, e Quintana ainda teve de defender novo livre de nove metros, outra vez com o tempo de jogo esgotado.

No segundo prolongamento, um grande tiro de Gilberto Duarte, a segundos do intervalo, permitiu aos portistas agarrar dois golos de vantagem (33-31) e já nada foi capaz de travar o heptacampeonato. Foi histórico, épico e tratou-se do mais emocionante encontro de andebol jamais disputado no Dragão Caixa. No final, a festa foi a condizer: a força do andebol português está aqui, onde mora o representante nacional na próxima edição da Liga dos Campeões.

FICHA DE JOGO

FC PORTO-SPORTING, 34-32 (após dois prolongamentos)
Campeonato Fidelidade Andebol 1, final, jogo 5
23 de Maio de 2015
Dragão Caixa, no Porto
Árbitros: Duarte Santos e Ricardo Fonseca (Madeira)

FC PORTO: Alfredo Quintana (g.r.), Ricardo Moreira (10), Daymaro Salina (5), Gilberto Duarte (4), João Ferraz (4), Nuno Roque (1) e Hugo Santos (4)
Jogaram ainda: Alexis Borges (3), Yoel Morales (1), Michal Kasal (2), Mick Schubert, Babo e Miguel Martins
Treinador: Ljubomir Obradovic

SPORTING: Ricardo Candeias (g.r.), Pedro Portela (7), João Antunes, Pedro Solha (4), Frankis Carol (4), Bruno Moreira e Fábio Magalhães (9)
Jogaram ainda: Rui Silva, Bosko Bjelanovic (1), Pedro Spínola (7), Ricardo Candeias (g.r.), Sérgio Barros e Diogo Domingos
Treinador: Frederico Santos

Ao intervalo: 15-12
Final do tempo regulamentar: 25-25
Final do primeiro prolongamento: 30-30
Final do segundo prolongamento: 34-32

Disciplina: expulsão a João Ferraz (35m), Frankis Carol (60m) e Bosko Bjelanovic (80m).» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/FC-Porto-Sporting-Camponato-Fidelidade-Andebol-1-final-jogo-5.aspx


Andebol: FC Porto-Sporting, 34-32 (final, jogo 5, 23/05/15)


Andebol: A festa do hepta (23/05/15)



(HEPTACAMPEÕES Andebol 2008-2015 FCPorto)

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