"CHUVA DA SAUDADE
Sinto a saudade lá fora,
Casa da minha infância,
Há uma estranha ânsia,
Aqueles sons d’outrora.
Como canção de embalar,
Tocam teclas no telhado,
Alegra-me estar acordado,
Quando sonho o recordar.
Verão de felicidade,
Um vento de aconchego,
Sopra em desassossego,
Tantos já foram, a idade.
Quarto da minha alma,
E à janela embaciada,
Com vistas para o nada,
A chuva que me acalma."
Eugénio Mourão.
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