27/09/08

F.C. Porto 2 vs Paços Ferreira 0 - 2.ª Vitória na Liga e exibição intermitente!

Meireles de "lucho" na vitória portista

Não esteve em campo Lucho González mas esteve Raúl Meireles. O médio português fez uma verdadeira exibição de luxo na vitória do FC Porto por 2-0, coroada com um grande golo, aos 13 minutos, e uma assistência para o golo de Hulk, aos 72 minutos.
A primeira parte foi quase sempre controlada pelo campeão nacional e, por isso, não foi de estranhar o primeiro golo logo aos 13 minutos de jogo. Uma perda de bola infantil de Leandro Tatú faz com que a bola chegue a Lisandro López, que cruzou atrasado para a entrada da área, onde Raúl Meireles disparou um autêntico "tiro" que só parou no fundo da baliza de Cássio.
Até ao intervalo o FC Porto continuou a dominar o jogo, e Lisandro teve nos pés o 2-0, mas sozinho na área rematou por cima, depois de mais uma boa jogada de Raúl Meireles. Antes do descanso, foi o Paços de Ferreira que teve uma boa jogada, num remate de longe de Ricardo, que obrigou Hélton a defender com alguma dificuldade.
A segunda parte trouxe um FC Porto diferente. O "dragão" apresentou-se mais intranquilo e com dificuldades em chegar à área adversária, e foi a equipa de fora que começou a incomodar a defesa portista. Aos 65 minutos, Pedrinha tem uma boa jogada individual e remata cruzado para uma boa defesa do guardião brasileiro do FC Porto.
Nos últimos 20 minutos os "azuis-e-brancos" voltaram a comandar o jogo, e Candeia teve uma boa oportunidade, num remate muito violento, mas que passou um pouco ao lado do poste.
Pouco depois surge o segundo golo do jogo. O recém-entrado Hulk faz um grande passe "a rasgar" para Raúl Meireles (quem mais...) que devolve o passe, num cruzamento rasteiro, para Hulk facturar o segundo golo na Liga, quando Guarín também já se preparava para encostar para o fundo da baliza.
Após o golo, Paulo Sérgio respondeu logo com a entrada de dois homens, William e Chico Silva, mas o jogo chegaría aos 90 minutos sem mais golos.
Depois de dois empates consecutivos (Luz e Vila do Conde), o campeão nacional volta às vitórias, mas ainda não convenceu totalmente. A ausência de Lucho não justifica tudo, principalmente o inicio de segunda parte do FC Porto, que não se livrou novamente de assobios vindos da bancada.
Com a vitória, os "dragões" ficam com oito pontos, menos um que Sporting e mais três que o Benfica, e fica confortável à espera do que fazem, amanhã, os rivais lisboetas.» in http://infordesporto.sapo.pt/Informacao/Modalidades/Futebol/noticiafutebol_fcp_futfcppacoscrofinal_260908_545664.asp

Raul contra a pressão

Dois golos, e muitos que poderiam ter sido e não foram, sublinharam, com invulgar requinte, a vitória lógica do tricampeão, que não somou apenas novo e simples triunfo. Ao desfecho, o único expectável, o F.C. Porto acrescentou o aperfeiçoamento de uma original faculdade, revelando uma admirável imunidade à pressão negativa que irrompe extemporaneamente entre aplausos.Mais do que a barreira psicológica em que soube envolver-se, o F.C. Porto revelou alternativas criativas na ausência de Lucho. E especialmente credíveis. Como Raul Meireles, talvez o melhor exemplo da noite, em que não lhe bastou a condição de um dos mais ilustres intérpretes das transições rápidas que fazem do campeão um caso sério de velocidade e de autoridade atacante. Particularmente interventivo nos dois instantes que resultaram em golo, Raul marcou e deu a marcar. Primeiro, num remate primoroso, num cálculo cruel de força e colocação, directamente proporcional à sábia avaliação permitida pela fracção de segundo de um passe atrasado de Lisandro. Cássio estava condenado a um voo inconsequente e as redes a um violento balanço. Sensivelmente uma hora depois, Raul voltava ao local das decisões, desenhando com Hulk um triângulo perfeito, apesar de móvel, deixando que o brasileiro terminasse o que começara. Serviu-lhe a assistência sem margem para erro e com a precisão que o autor do golo imaginara. Desta vez, Cássio não pôde fazer mais do que assistir. O destino do jogo, que começara a ganhar forma em poucos segundos, na imagem gerada pela aproximação inicial do F.C. Porto à baliza adversária, ficava irreversivelmente traçado. Então, também ele ao abrigo de qualquer infortúnio ou catástrofe que pudesse fazer o adversário, irritante e teimosamente encolhido, tropeçar acidentalmente no golo.

FICHA DE JOGO

Liga 2008/09, 4ª jornada
Estádio do Dragão, no Porto
26 de Setembro de 2008
Assistência: 31.816 espectadores

Árbitro: Hugo Miguel (Lisboa)
Assistentes: Hernâni Fernandes e Ricardo Santos
4º árbitro: Augusto Costa

F.C. PORTO: Helton; Sapunaru, Rolando, Bruno Alves «cap» e Lino; Tomás Costa, Fernando e Raul Meireles; Lisandro, Farías e Rodriguez
Substituições: Sapunaru por Candeias (56m); Farías por Guarin (56m); Lisandro por Hulk (70m)
Não utilizados: Nuno, Pedro Emanuel, Benítez e Mariano
Treinador: Jesualdo Ferreira

PAÇOS DE FERREIRA: Cássio; Ricardo, Ozeia, Tiago Valente e Josa; Filipe Anunciação, Pedrinha «cap» e Paulo Sousa; Cristiano, Leandro Tatu e Filipe Gonçalves
Substituições: Filipe Gonçalves por Rui Miguel (46m), Paulo Sousa por Chico Silva (74m), Pedrinha por William (74m)
Não utilizados: Coelho, China, Edson e Dedé
Treinador: Paulo Sérgio Brito
Ao intervalo: 1-0
Marcadores: Raul Meireles (14m), Hulk (72m)
Disciplina: cartão amarelo a Tiago Valente (33m), Raul Meireles (49m), Josa (80m) e Ozeia (85m)» in site F.C. Porto.

1.º Golo do F.C. do Porto, apontado por Raul Meireles, um golão!

2.º Golo do F.C. Porto, apontado por Hulk, fruto de uma boa jogada com Raul Meireles!

Resumo de um jogo em que o F.C. do Porto venceu, mas não convenceu!

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