19/04/19

Amarante Música - O rapper brasileiro Criolo e o músico do Mali Salif Keita são as primeiras confirmações da quarta edição do MIMO Festival Amarante.



«Criolo e Salif Keita no MIMO Festival Amarante 2019

O rapper brasileiro Criolo e o músico do Mali Salif Keita são as primeiras confirmações da quarta edição do MIMO Festival Amarante. O festival regressa às margens do rio Tâmega nos dias 26, 27 e 28 de julho.

Segundo a organização do festival, Criolo foi um dos nomes mais pedidos pelo público, através das plataformas digitais, e foi agora confirmada a sua presença com estatuto de cabeça-de-cartaz da quarta edição do MIMO.

O brasileiro leva assim ao palco do festival de Amarante a digressão "Boca de Lobo", onde reflete sobre o momento que o Brasil atravessa procurando transformar o rancor, o ódio e as energias negativas em combustível para ajudar a levar o seu país para um bom caminho.

Em palco, Criolo faz uma espécie de retrospetiva da carreira, onde a crítica social e política se mistura com a abrangência da sua sonoridade. Às músicas novas, "Boca de Lobo" e "Etérea", o músico de São Paulo junta temas de todos os discos. Um concerto híbrido electro-orgânico composto pelos produtores e multi-intrumentistas Bruno Buarque e Dudinha, além dos eternos parceiros Daniel Ganjaman e Dan Dan.

Já Salif Keita vai ao MIMO Festival Amarante com aquele que foi anunciado como o último disco da sua carreira, "An Autre Blanc", e do qual faz parte"Syrie". O concerto está integrado na digressão de despedida do músico do Mali que conta já com 50 anos de carreira. Depois de uma vida atribulada devida à sua diferença, ser albino em África, o músico celebra a sua realidade e convida o mundo a celebrar a diferença com ele.

Considerado a voz de ouro de África, o patriarca e embaixador da música africana dedica "An Autre Blanc" à luta pelos direitos humanos dos albinos no continente africano. Com quase 70 anos, Salif Keita tem uma carreira a solo premiada, integrou vários grupos e colaborou com Joe Zawinul, Steve Hillage, Jean-Philippe Rykiel, Carlos Santana, Cesária Evora, Wayne Shorter, Ibrahim Maalouf e Esperanza Spalding.

A organização do MIMO promete "em breve mais novidades" da programação deste festival multidisciplinar inteiramente gratuito que decorre em locais nobres e históricos da cidade de Amarante.» in https://www.jn.pt/artes/interior/criolo-e-salif-keita-no-mimo-festival-amarante-2019-10810610.html


Criolo - "Subirusdoistiozin" - (Videoclipe Oficial)


Salif Keita - "Madan" - (Original)



"Subirusdoistiozin
Criolo

(É tem uns menino bom novo hoje ai na rua,
pra lá e pra cá, que corre pelo certo...
Mas, ah, tem uns também que eu vo te falar viu...
Só por Deus viu, Ave Maria)

Mandei falar pra não arrastar,
Não botaram fé subirusdoistiozin,
O bagulho é louco o sol tá de rachar,
Vários de campana aqui na do campin.

Má quem quer preta, má quem quer branca,
Todo azulé requer seu rejuntin,
Pleno domingão flango ou macalão,
Se o negocio é bão se fica chineizin.

Licença aqui patrão, aqui é a lei do cão,
Quem sorri pra ti, quer ver tu cair,
É justo é Deus, o homem não,
Ouse em me julgar tente a sorte fih.

Para papa ,para papa , para papa rapa papa (4x)

Só a função no 12, na garagem um Golf,
Bonitão na praia de hornet fih,
Tudo isso tem e o apetite vai,
Pra bater de front e o babylon cair.

As criança daqui, tão de Hk,
Leva no sarau e salva essa alma ai,
Os perreco vem, os perreco vão,
As vadia quer, mas nunca vão subir.

Licença aqui patrão, eu cresci no mundão,
onde o filho chora, e a mãe não vê,
E covarde são quem tem tudo de bom,
E fornece o mau, pra favela morrer.

Uns acham que são, mas nunca vão ser,
feio é arrastar e nem perceber

(Para papa, para papa , para papa papa rapa papa (4x)

Só a função no 12, na garagem um Golf,
bonitão na praia de hornet fih,
Tudo isso tem e o apetite vai,
Pra bater de front e o babylon cair.

As criança daqui, tão de Hk,
Leva no sarau e salva essa alma ai,
Os perreco vem, os perreco vão,
As vadia quer, mas nunca vão subir.

Licença aqui patrão, eu cresci no mundão,
onde o filho chora, e a mãe não vê,
E covarde são quem tem tudo de bom,
E fornece o mau, pra favela morrer.

(Acostumado com sucrilhos no prato, né moleque?)
(Enquanto o colarinho branco dá o golpe no estado)"

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