16/04/19

Amarante Literatura - A 1 de Janeiro de 1912, sai o primeiro número da revista «A Águia», órgão da Renascença Portuguesa, dirigida por Teixeira de Pascoaes.



«Em 1911, ainda Pascoaes era juiz substituto em Amarante.

Foi então que se reuniu em Coimbra, no Choupal, com Leonardo Coimbra, Augusto Casimiro, Jaime Cortesão e Álvaro Pinto.

Foi este grupo que resolveu fundar uma associação cultural — a Renascença Portuguesa —, que terá o propósito de «restituir Portugal à consciência dos seus valores espirituais próprios».

Pascoaes criou a filosofia da Saudade. Para ele a Saudade é a lembrança saudosa do passado projectada em Esperança no Futuro.

Este idealismo reflecte-se em toda a sua obra.

Nesse mesmo ano, publicou um novo livro — «Marânus» —, um longo poema cíclico de grande exaltação e simbolismo, consagrado à Saudade.

Uma parte desta obra foi escrita em Travanca do Monte, à sombra de um enorme rochedo que ainda hoje existe intacto. A outra parte foi escrita, como atrás dissemos, no Mirante da Casa de Pascoaes.

A figura central deste cântico saudosista, Eleonor, foi inspirada pela lembrança de Leonor Dagge, a loira inglesinha da Foz.

A serra do Marão é o grande cenário desta peregrinação saudosa:

«Pois só morre quem ama, e quem é amado Vive sempre em espírito saudoso...»

A 1 de Janeiro de 1912, sai o primeiro número da revista «A Águia», órgão da Renascença Portuguesa, dirigida por Teixeira de Pascoaes. António Carneiro é o director artístico.» in Fotobiografia "Na Sombra de Pascoaes" de Maria João Teixeira de Vasconcelos.


Nova Águia - (Revista de Cultura para o Século XXI)

http://novaaguia.blogspot.com/

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