«Comprimidos com mais de dois mil anos analisados
Fármacos foram encontrados num antigo navio romano naufragado na costa italiana
Um artigo publicado na revista «Proceedings of the National Academy of Sciences» dá conta da análise a seis comprimidos descobertos num antigo navio romano, afundado na costa italiana há mais de dois mil anos. Investigadores da Universidade de Pisa (Itália) analisaram os remédios usados na antiguidade e consideram que podem ter sido usados para tratar infecções oculares.
As pílulas encontradas estavam em bom estado e os seus ingredientes bem preservados, apesar de submersos ao longo destes anos todos. As amostras estavam numa caixa de metal e revelaram que continham gordura animal e vegetal, entre elas possivelmente azeite, conhecido pelo seu uso antigo em perfumes e preparados médicos; resina de pinheiro, que tem propriedades anti-bacterianas; amido, um ingrediente usado em cosméticos pelos romanos e compostos de zinco, os prováveis ingredientes activos. A composição indica que os comprimidos possam ter tido um uso oftalmológico, segundo a equipa de investigação.
O navio naufragado data do período entre 140 e 130 a.C. e teria sido usado como embarcação de comércio da Grécia para o Mediterrâneo e apesar de ter sido descoberta em 1974, apenas agora é que os comprimidos foram totalmente analisados.
Literatura científica recente documenta o uso de compostos de zinco na farmacologia romana, especialmente para o tratamento de doenças oculares. A descoberta de remédios antigos é rara, especialmente em boas condições como os comprimidos encontrados no navio Relitto del Pozzino e pode ajudar a compreender melhor a farmacologia antiga.» in http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=56640&op=all
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