«Mesma quietude a dos
pulmões -
Ângelo Ochôa - "Mesma quietude a dos pulmões"
do fim para o princípio
rescrever até chegar a além - não mais senão
a esperança num sorriso
breve -
um dia outro, gemer do
violão, aldeias demasiadas para um só cantar -
pássaros e nuvens nos
olhos fontes -
alheamento mórbido - um
corpo prà rua atirado -
um sono dormido inteiro em
tuas mãos -
terra irrompendo em carne
brônzea -
desdobrando-se p’los
levantes -
lado outro sem margens -
leves tangendo sinos - chilrear dúbio -
a manhã - o alegre vaguear
- inerte vacuidade - aragem desmedida -
aves - voos - um seguir
versos - repouso a cansaços vãos -
a solidão - porque não
morres - mundos soando pra lá o encantamento -
e o furor - noite gelo
tranquila a medo - mar expandindo -
linguagens dos arbustos
vergando-se -
ruas percorridas a cismar
- só a mesma mesa no café -
acaso sem história duns
bons dias - a neve se suspende -
árvores a florir -
enquanto paredes descansam -
algo que se interrompe -
ou uma vontade indefinida -
múltiplos enredos - restar
- aquém - o só intermédio -
gélidas estrelas dormidas
- agras urtigas -
topar - num súbito - como
as pessoas de ao pé de nós desaparecem.»
Ângelo Ochôa - "Mesma quietude a dos pulmões"
...que o meu abraço a amigo forte conforte o Amigo.
ResponderEliminarVale Amigo Poeta Ângelo Ochôa!
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