«Serra da Aboboreira: Indicadores económicos do potencial turístico da serra são base de estudo da Dolmen
05/06/2015, 14:37
A Cooperativa de Desenvolvimento Dolmen apresentou em plena Serra da Aboboreira (mais precisamente na “Tasquinha do Fumo”) os primeiros indicadores de um estudo que está a desenvolver sobre promoção e diversificação das atividades económicas desta serra.
O objetivo primordial é “apontar caminhos” para dinamizar aquele território, apostando em “fatores diferenciadores nos planos agropecuário, silvícola, florestal e turístico”.
Este estudo, desenvolvido pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), é o mais abrangente de três estudos que a Dolmen está a desenvolver para dinamizar as aldeias de montanha e as margens do rio Douro. Incide sobre todo o território da Serra da Aboboreira, abrangendo parcelas dos municípios de Baião, Marco de Canaveses e Amarante.
Telmo Pinto, presidente da Dolmen, explicou que se pretende “tornar o território mais atrativo, mais dinâmico e com estas ações criar condições para gerar mais riqueza e postos de trabalho”. O dirigente destacou ainda que o momento serviu de “definição de alguns vetores estratégicos de como numa serra se pode valorizar esta paisagem, os valores culturais, históricos, patrimoniais e também os valores económicos”.
No workshop de apresentação e discussão dos primeiros indicadores do estudo estiveram presentes alguns dos parceiros da cooperativa, nomeadamente representantes das câmaras de Amarante, Baião e Marco de Canaveses.
Os painéis contaram com a apresentação de José Carlos Fernandes, consultor de planeamento estratégico, planeamento territorial, gestão urbanística e mobilidade, que falou aos presentes sobre a reabilitação dos edifícios e do espaço público.
Seguiu-se Alexandre Guedes, técnico superior da Entidade de Turismo do Porto e Norte de Portugal, que abordou as oportunidades de desenvolvimento turístico em territórios de montanha e apontou exemplos de sucesso no país, e Luís Ramos, da UTAD, finalizou o quadro de apresentações, desafiando os presentes a fazer uma reflexão sobre as potencialidades turísticas da serra, apontando o trabalho em cooperação como “fundamental” para o desenvolvimento dos territórios.
Defendendo uma estratégia de desenvolvimento assente num trabalho de cooperação muito maior entre os diferentes agentes económicos, Luís Ramos realçou que “os projetos, se não tiverem uma sinergia, uma articulação, não criam a dinâmica de desenvolvimento que este território precisa”.
A melhor forma de ajudar a fixar a população na serra, nomeadamente as pessoas que ainda residem nas típicas aldeias de montanha, e dessa maneira evitar a desertificação, será através da "criação de riqueza geradora de emprego", considerou o docente da UTAD, acentuando que esse objetivo passa pela exploração sustentada dos recursos ligados aos valores ambientais, à gastronomia, artesanato, pecuária e turismo rural, entre outros, na base de “parcerias entre os diferentes atores”.
Quanto à possível classificação do território como área protegida, o coordenador do estudo sobre a Aboboreira, defendeu que será crucial para preservar a riqueza ambiental, contendo ações que comprometam o equilíbrio da serra.
Para o docente, a Aboboreira “só tem potencial se forem acautelados os recursos mais importantes, sobretudo as características ambientais, mas também o património cultural e social ligado às gentes que habitam o território”.» in http://www.imprensaregional.com.pt/averdade/index.php?info=YTozOntzOjU6Im9wY2FvIjtzOjExOiJub3RpY2lhX2xlciI7czo5OiJpZF9zZWNjYW8iO3M6MToiMyI7czoxMDoiaWRfbm90aWNpYSI7czo1OiIxMDU4NyI7fQ==
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