«António Sérgio, por altura da homenagem da Academia de Coimbra, em Maio de 1951, dedica soneto ao homenageado, o Grande Poeta de Amarante, Teixeira de Pascoaes, embora defendessem versões antagónicas sobre a questão Saudosista:
«As pessoas são nada, e as cousas tudo:
Ah, se o pensaste assim, e se o disseste,
É que infundindo-lhe a alma, às cousas deste
Um coração represo, arfante e mudo!
O penumbroso monte, o tronco rudo,
Vivem na névoa humana em que os puseste;
Tornaste irmão ansioso o vento agreste
E carinhosa a relva em seu veludo.
Bendito o canto teu, porque desperta
Essa visão de uma alma já liberta
Das cadeias da luta e da miséria.
E ao paraíso ao cabo regressada,
- Porque viu, ao fulgor da «"Vida Etérea"»
Que as pessoas são tudo e as cousas nada!»
António Sérgio» in Fotobiografia "Na sombra de Pascoaes" de Maria José Teixeira de Vasconcelos
«As pessoas são nada, e as cousas tudo:
Ah, se o pensaste assim, e se o disseste,
É que infundindo-lhe a alma, às cousas deste
Um coração represo, arfante e mudo!
O penumbroso monte, o tronco rudo,
Vivem na névoa humana em que os puseste;
Tornaste irmão ansioso o vento agreste
E carinhosa a relva em seu veludo.
Bendito o canto teu, porque desperta
Essa visão de uma alma já liberta
Das cadeias da luta e da miséria.
E ao paraíso ao cabo regressada,
- Porque viu, ao fulgor da «"Vida Etérea"»
Que as pessoas são tudo e as cousas nada!»
António Sérgio» in Fotobiografia "Na sombra de Pascoaes" de Maria José Teixeira de Vasconcelos
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