02/09/13

Criminalidade - É no poder local que se concentra o maior número de casos de corrupção, segundo um estudo do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) e do Centro de Investigação e Estudos de Sociologia (CIES) do ISCTE sobre a corrupção participada entre 2004 e 2008.



«Câmaras municipais são o principal foco de corrupção

Perto de 69% dos processos instaurados por corrupção no sector público envolvem câmaras municipais e 10% dos arguidos nestes casos são políticos.

É no poder local que se concentra o maior número de casos de corrupção, segundo um estudo do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) e do Centro de Investigação e Estudos de Sociologia (CIES) do ISCTE sobre a corrupção participada entre 2004 e 2008.

Na administração central é o Ministério da Administração Interna - que tutela as forças de segurança e a ex-Direção Geral de Viação - que regista mais casos (10,1%) de corrupção.

As conclusões do estudo, elaborado a partir de 838 processos, demonstram que é o sector privado, nomeadamente na área da construção civil (18,2%), que originou mais processos.

Nos processos estudados foi possível perceber que, na maior parte, as vantagens patrimoniais conseguidas rondavam os 500 euros pagos em dinheiro.

Em termos de distribuição geográfica, os distritos do Porto (38,5%) e de Lisboa (29,7%) apresentam dois terços dos processo instaurados.

O estudo conclui, também, que mais de metade dos casos terminam em arquivamento por falta de elementos probatórios (provas) e 30% continuam em investigação.

Apenas 3,6% dos processos terminaram com condenação dos arguidos.

A ausência de prova é também o motivo que justifica a maioria das absolvições nos processos de corrupção.

No universo da criminalidade económica, a corrupção é o crime mais cometido (46,3%), seguido do peculato (32,9%).

Apesar da caracterização sociográfica dos arguidos não permitir, segundo os investigadores, traçar o perfil do corrupto, a maioria dos arguidos é constituída por homens, casados, com cerca de 45 anos, sem antecedentes criminais e com vínculo contratual definitivo.

Quanto à sua categoria profissional, 10% são políticos no caso de processos de corrupção, subindo a percentagem para 27% quando se trata de casos participação económica em negócio e peculato.

O estudo foi apresentado na "Conferência sobre a Corrupção Participada em Portugal - 2.ª Jornada de Trabalho", organizada pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), em parceria com o Centro de Investigação e Estudos de Sociologia-Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (CIES-ISCTE).» in http://www.jn.pt/PaginaInicial/Nacional/Interior.aspx?content_id=1539176&page=3


(Orçamento do Estado e Autarquias - promiscuidade e corrupção)
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Amarante deve mudar também por perigo de ligações perigosas...

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