«Bravo! Continuamos sem jeito para marcar penáltis. A final já era...
Na decisão por pontapés da marca de grandes penalidades, o Chile converteu as três que marcou (Vidal, Aranquiz e Alexis Sanchez), contra Portugal que não fez qualquer golo.
Portugal está fora da final da Taça das Confederações. A formação lusa perdeu com o Chile no desempate por grandes penalidades. Depois de 120 minutos de futebol sem jogos, o jogo teve de ser decidido na marcação de grandes penalidades onde o Chile teve mais pontaria e converteu todas as três, ao contrário de Portugal que não marcou qualquer penálti. Cláudio Bravo foi o herói chileno ao defender todos os três remates dos lusos. A formação de Fernando Santos vai agora disputar um lugar no póddio com o derrotado do jogo entre o México e Alemanha, a outra meia final desta prova.
A goleada imposta a Nova Zelândia colocou um ponto final nos empates de Portugal nesta Taça das Confederações. Fernando Santos avisou que, a partir daí só duas vitórias interessavam para que Portugal pudesse juntar o título europeu conquistado em França no verão passado ao da Taça das Confederações.
Para tal, primeiro era preciso ultrapassar um obstáculo chamado Chile, vencedor das duas últimas edições da Copa América. Um duelo entre o campeão europeu e o sul-americano, uma espécie de final antecipada. Na montagem da equipa, o engenheiro Fernando Santos conseguiu recuperar Bernardo Silva que se manteve no onze, lançou José Fonte no lugar do castigado Pepe e Eliseu no do lesionado Raphael Guerreiro. O jogo marcou também o reencontro de Fernando Santos com Pizzi: o selecionador luso treinou o técnico do Chile quando este era jogador do FC Porto.
As duas equipas entraram com as balizas na mira, com duas oportunidades claras nos primeiros dez minutos. Aos sete minutos, Rui Patrício teve de sair dos postes para evitar o golo de Vargas, depois de um excelente passe de Alexis Sanchez. Aos oito foi Cláudio Bravo a negar o tento a André Silva, após grande assistência de Cristiano Ronaldo. Com isto, poderíamos estar na presença de um jogo com muitas oportunidades de golo, mas... puro engano. Até ao final do primeiro tempo, destaque apenas para um remate de Aranguiz para fora quando estava em boa posição e um lance de André Silva na área chilena, onde o ex-FC Porto pediu penálti.
Quando se esperava um Portugal mais acutilante no regresso para a segunda parte, foi o Chile a criar as melhores oportunidades após o intervalo, com destaque para Vidal. O médio do Bayern Munique apareceu, aos 54 e 63 minutos, a desviar por cima da barra, em lances de cruzamento para a área. Antes tinha sido Patrício a negar o golo ao Chile, ganhando novamente no duelo com Vargas.
Portugal voltou a ganhar algum ascendente no jogo, mas em dois lances de contra-ataque que terminaram com remates de Cristiano Ronaldo, quando o capitão luso tinha melhores opções. No primeiro, Bravo defendeu com os punhos, no segundo, o tiro foi desviado por um defesa.
Fernando Santos tentou mexer com o jogo, lançando Nani para o lugar de André Silva, aos 76 minutos e Quaresma por Bernardo Silva aos 83. Restavam ainda mais duas mexidas caso o jogo fosse para prolongamento (uma medida estreada nesta prova). Até aos 90 minutos, destaque apenas para um remate de Ronaldo por cima, numa altura em que já estava sozinho na área.
Nos derradeiros minutos as duas equipas passaram a arriscar menos, já com o pensamento nos 30 minutos de prolongamento. Era preciso novas ideias, novas informações, novas fórmulas para dar a volta ao jogo. E foi já com Moutinho em campo no lugar de André Gomes que Portugal tentou mas já faltavam as pernas e o Chile tinha recuado ainda mais no terreno. Aliás, os dois lances de maior perigo nos primeiros 15 minutos pertenceram ao Chile, em dois cabeceamentos (Alexis Sanchez e Vidal) que assustaram Patrício.
Com o passar do tempo ficou claro que só um rasco individual ou um erro poderia desatar o nó e resolver a partida. E de um erro de José Fonte poderia ter aparecido o primeiro tento do jogo. Aos 113 minutos o central português fez falta sobre o recém-entrado Francisco Silva mas o árbitro mandou seguir. Um penálti claro que nem o videoárbitro viu...apesar das repetições mostrarem a falta do português dentro da área.
Nos derradeiros minutos dos 30 de prolongamento (já com Gelson no lugar de André Gomes, com Portugal a ser o primeiro a fazer quatro mexidas num jogo), o Chile esteve muito perto de sentenciar a partida, com duas bolas nos ferros no mesmo lance. O primeiro é um remate potente de Arturo Vidal que é devolvido pelo poste direto de Rui Patrício. Na recarga, Martin Rodriguez atirou à barra. Muita sorte para Portugal antes dos penáltis.
Na decisão por pontapés da marca de grandes penalidades, o Chile converteu as três que marcou (Vidal, Aranquiz e Alexis Sanchez), contra Portugal que não fez qualquer golo. Bravo defendeu os penáltis de Quaresma, Moutinho e Nani.
Portugal volta assim a perder em fases a eliminar, algo que não acontecia há sete anos. A última derrota ocorreu no Mundial'2010, frente à Espanha. Já o Chile continua sem perder desde julho de 2011.» in http://desporto.sapo.pt/futebol/taca_confederacoes/artigo/2017/06/28/taca-das-confederacoes-cronica-final-portugal-chile
(Portugal vs Chile 0-3 Penales | Penalty Shootout | Confederations Cup 2017)
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