08/06/14

Poesia - O Meu Colega e Amigo, Professor Eugénio Mourão, interpela-nos com um Poema Brilhante dedicado a este Dia de Amarante: "Procissão"


(Foto de Francisco N. Monteiro)


"PROCISSÃO

Vai no adro a procissão,
E já sons de Jazente,
Os Unidos da Paródia,
E as Rosas de Sª Maria,
Alegram esta gente.
Há toalhas nas varandas,
E nas ruas os romeiros,
Gentes de todas as bandas,
A Fanfarra dos Bombeiros.
Dezanove são as cruzes, 
E doze os andores,
Cada qual com suas luzes,
Cheios de lindas flores.
No andor de S. Gonçalo,
Lindos cravos vermelhos,
Amarante a venerá-lo,
Sejam jovens ou velhos.
E logo atrás os frades,
Vestidos a rigor,
E a organização deste evento,
Que com carinho e amor,
Tiram a procissão do convento.
Há meninas e meninos,
Faltaram os anjinhos,
Uns são pastorinhos,
Outros são santinhos,
Há escuteiros e bombeiros,
E o pálio com o corpo de Cristo,
Que o Padre José segura,
Momento que eu registo,
E o Pacheco de arcadura.
E a troika de Amarante,
Presidentes das instituições,
Com aquele ar obrigante,
Queira Deus os perdoar,
Qual fraque elegante,
De autoridade militar.
Atrás deles as bandas,
Flautas, clarinetes , 
Caixas e tambores,
Trompas e trompetes,
Alegria meus senhores.
Por fim o povo devoto,
Com a sua fé ancestral,
Se isto der pró torto,
E se Deus assim quiser,
Esta crise que faz tão mal,
Amarante vai sempre ser,
Uma terra sem igual!

Ainda a procissão vai no adro,
E o andor já vai suado!"

Eugénio Mourão.

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