22/06/14

Arte Poesia - O Meu Amigo e Poeta, Manuel Ângelo Ochôa, interpela-nos com o Poema: "Amontoam-se livros".



"Amontoam-se livros

Amontoam-se livros, caixas, isqueiros.
Para a gaveta ficar arrumada há que fechá-la.
Calcetam-se pavimentos, plantam-se árvores de flores
resplandecentes p’lo deserto cimento.
Ouve-se um ruído:
Alguém a riscar ferro.
Cafés às moscas.
Autocarros regularmente certos.
Estores caídos, largas janelas.
Computadores desligados, camas vazias.
Alunos em salas fechadas.
Motos, ruídos, cães, e automóveis.
Agressão?
Estranheza?
Apaziguamento?
Se saísse tombava apavorado."

Manuel Ângelo Ochôa


"Amontoam-se livros", Manuel Ângelo Ochôa

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