«Palavras de Douglas sobre sexo oral recordam outros escândalos
Nunca se falou tanto de sexo oral como no ano de 1998. Pelos quatro cantos do mundo se comentava o fellatio da estagiária Monica Lewinski ao então Presidente dos EUA, Bill Clinton.
Subitamente, uma das salas mais importantes do mundo ganhou um novo nome: a Sala Oval foi rebaptizada de Sala Oral e a mancha no vestido azul de Monica tornou-se uma conversa tão frequente como os resultados da bola. Quinze anos depois, o sexo oral volta a estar nas bocas do mundo, graças às afirmações de Michael Douglas. Se o sexo é cada vez menos um tabu, por que é que o sexo oral se mantém envolto em segredo?
Hugh Grant chocou as fãs com a sua indiscrição com a prostituta Divine Brown: em 1995 foi apanhado dentro do seu carro, estacionado num parque em Los Angeles, a receber sexo oral. Em torno do músico Marylin Manson ainda persiste a dúvida sobre se terá, de facto, extraído duas costelas para que pudesse realizar sexo oral a si próprio, Marlene Dietrich era viciada em sexo oral por achar que lhe permitia controlar a situação. «E considerava que os europeus são os mais talentosos neste campo», assegura a filha, Maria Riva.
Já Elvis Presley recusava-se a praticar sexo oral alegando que «os rapazes brancos não chupam vaginas, isso é coisa de negros» – terá dito à actriz Cybill Shepherd, com quem teve um romance. O músico Steven Tyler, líder dos Aerosmith, conhecido pelo seu visual excêntrico e boca desmesuradamente grande, era considerado pelas suas groupies, de forma unânime, como um especialista em sexo oral.
Até a eterna Cleópatra, a rainha que enlouqueceu de desejo César e Marco António, terá sido capaz de praticar fellatio a cem romanos numa só noite, ‘feito’ que lhe terá valido as alcunhas de Merichane Boca-Aberta e Cheilon dos Lábios Grossos. Depois dela, mas na China, a Imperatriz Wu Hu (que reinou entre 690 e 705) criou um decreto que obrigava todo os dignitários que a visitassem a prestarem-lhe homenagem fazendo-lhe sexo oral.
Entre amigos, e sobretudo entre amigas, a conversa é recorrente, um pouco à imagem do que acontecia na série O Sexo e a Cidade. Aliás, logo na primeira temporada, um dos episódios tinha como foco justamente o sexo oral. Num dos tradicionais almoços, enquanto Charlotte se queixava de não gostar de fazer sexo oral porque lhe «provoca vómitos», Samantha, Miranda e Carrie procuram mostrar-lhe as mais-valias desta prática: que é uma «dádiva de Deus para as mulheres porque não precisamos de nos preocupar com uma gravidez», «que faz sentido com a pessoa certa» e que «a sensação de poder é excitante», dizem. No final, a conclusão das amigas é mais simples: as mulheres praticam sexo oral para o receberem em troca.
Uma prática ancestral
Os primeiros registos de aventuras sexuais envolvendo práticas de sexo oral – fellatio ou cunnilingus – datam aos tempos pré-históricos. Depois disso, na Grécia Clássica, a prática era comum entre homens e mulheres e aparece retratada em pinturas e cerâmicas. No Kamasutra (que alguns historiadores consideram ter sido escrito no século IV a.C.) são inúmeras as referências ao sexo oral. Já na Roma Antiga, o sexo era frequentemente associado a relações de poder. Assim sendo, o sexo oral era inaceitável quando praticado por um homem de elevado estatuto, mas aceitável quando praticado por uma mulher ou por um homem subordinado (como um escravo).
Ao longo dos séculos também as religiões foram opinando acerca das mais variadas práticas sexuais, incluindo o sexo oral. Se para o taoísmo é uma prática espiritual que pode aumentar a longevidade, para os muçulmanos é muitas vezes considerado proibido. Já para a Igreja Católica o facto de o acto não estar associado à reprodução, bem como de os órgãos sexuais serem considerados algo sujo, ditou que o sexo oral fosse um tabu – isto apesar de muitos historiadores considerarem que o Cântico dos Cânticos, do Antigo Testamento, descreve uma situação de sexo oral.
Mas para aqueles que se mantêm à margem de ensinamentos religiosos, o sexo oral é hoje visto como uma prática democrática, transversal a homossexuais e heterossexuais, homens e mulheres.
Prazer na arte
As artes reflectem a vida e o sexo foi sempre alvo da curiosidade e da representação das mais variadas expressões artísticas. No cinema, ainda antes do histórico filme pornográfico Garganta Funda, já Andy Warhol tinha filmado Blow Job, em 1963. Uma obra de 35 minutos que mostra apenas um plano fechado sobre o rosto de um homem que se contorce de prazer deixando adivinhar o que se passa mais em baixo, onde a câmara já não chega.
Nas décadas de 80/90 foi o espanhol Pedro Almodóvar o grande responsável por levar até à tela as mais variadas transgressões sexuais, como em Saltos Altos, onde Miguel Bosé e Victoria Abril protagonizam uma escaldante cena de sexo oral.
Já The Brown Bunny (2003) contém uma cena totalmente explícita de sexo oral entre Chlöe Sevigny e Vincent Gallo. Mais recentemente, Blue Valentine (2010) simulava uma cena de sexo oral entre os protagonistas, Michelle Williams e Ryan Gosling. Esse momento ditou que a obra fosse classificada como pornográfica. «Há cenas de sexo oral em muitos filmes. Se for uma mulher a fazer a um homem, a classificação é outra. Mas como aqui era um homem a fazer a uma mulher já acham que é pornografia», protestou, à data, Ryan Gosling.
A verdade é que os tabus permanecem. Os mesmos que ditam que La Douleur, obra do Período Azul de Picasso, na qual o pintor se auto-retratou com 22 anos em pleno fellatio, tenha estado escondida no acervo do Metropolitan de Nova Iorque, que apenas a exibiu uma vez, em 2010.
raquel.carrilho@sol.pt» in http://sol.sapo.pt/inicio/Vida/Interior.aspx?content_id=77704
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