«João Braga canta o fado em Amarante
AMARANTE – Como vem sendo habitual na época de Verão, o fado volta a encher as noites de Amarante. E assim, a 29 de junho (sábado), pelas 22:00 o Largo de São Gonçalo acolherá João Braga para uma atuação cuja assistência é livre.
“João Braga nasce em Lisboa (15 de abril de 1945), mas ainda muito novo vai viver para Cascais, onde se torna frequentador de retiros de Fado amor naquela zona, mais tarde, regressa à capital, em 1966, estreando-se na Taverna do Embuçado, altura em que abandona o curso de Direito. O ano de 1967 marca o começo da sua carreira musical, com o lançamento, em janeiro, do seu 1º disco “É Tão Bom Cantar o Fado”, editado pela Aquila, que lança nesse ano mais 3 EP’S e 1 LP o que lhe vale atuar, pela primeira vez, num programa da RTP (“Alerta Está!”). Em 1969 lança-se definitivamente, por via dos serões televisivos do Villaret (Zip-Zip). Um ano antes conhece Luís Villas-Boas, produtor com quem grava 7 discos e com quem organiza o 1º Festival Internacional de Jazz em Portugal (Cascais, 1971).
Entre 1977 e 1987 grava mais 7 álbuns e a partir de 1990 centra a sua atividade nos concertos e na composição musical, tendo, a partir desse ano, dado início à renovação do panorama fadista através de convites a jovens intérpretes para integrarem os seus concertos: Maria Ana Bobone, Rodrigo Costa Félix, Miguel Capucho, Mafalda Arnauth, Ana Sofia Varela, Mariza, Katia Guerreiro, Diamantina, Cuca Roseta, Joana Amendoeira, Gonçalo Salgueiro, Teresa Tapadas, Lina Rodrigues, entre muitos outros.
Com atuações um pouco por todo o mundo lança, desde 1990, 9 álbuns com “Terra de Fados” a superar a venda de 30 mil cópias. O seu último álbum, “Fado Nosso”, foi posto à venda em julho de 2009, pela CNM (Companhia Nacional de Música)”.» in http://local.pt/joao-braga-canta-o-fado-em-amarante/
João Braga - "É tão bom ser pequenino"
Alfredo Marceneiro - "É tão bom ser pequenino"
"“É TÃO BOM SER PEQUENINO”
É tão bom ser pequenino
Ter pai, ter mãe, ter avós
Ter esperança no destino
E ter quem goste de nós
A velhice traz revés
Mas depois da meninice
Há quem adore a velhice
Para ser menino outra vez
Ser menino que altivez
De optimismo e desatino
Ver tudo bom e divino
Tudo esperança, tudo fé
Enquanto a vida assim é
É tão bom ser pequenino
Ver tudo com alegria
Sem delongas sem demoras
Viver a vida numa hora
Eternidade num dia
Ter na mente a fantasia
Dum bem que ninguém supôs
Ter crença sonhar a sós
Com a grandeza deste mundo
E para bem mais profundo
Ter pai, ter mãe, ter avós
Ter muito elevo a sonhar
Acordar e ter carinho
Ter este Mundo inteirinho
No brilho do nosso olhar
Viver alheio ao penar
Deste orbe torpe ferino
Julgar-se eterno menino
Supor-se eterna criança
E num destino sem esperança
Ter esperança no destino
Oh! Desventura, Oh! Saudade
Causas da minha inconstância
Dai-me pedaços de infância
Retalhos de mocidade
Dai-me a doce claridade
Roubando-a ao tempo atroz
Eu queria ter a minha voz
Para cantar o meu passado
E é tão bom cantar o fado
E ter quem goste de nós."
Letra de: Carlos Conde
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