06/06/13

Vila de Baião - Um cidadão que tivesse vivido na época romana, no período medieval ou nos séculos XVIII ou XIX e “viajasse no tempo”, vindo parar ao concelho de Baião no fim-de-semana de 1 e 2 de Junho, poderia, ainda assim, sentir-se em casa.



«Baião: Comemorações do Foral recriaram identidade e história dos 500 anos da vila

Um cidadão que tivesse vivido na época romana, no período medieval ou nos séculos XVIII ou XIX e “viajasse no tempo”, vindo parar ao concelho de Baião no fim-de-semana de 1 e 2 de Junho, poderia, ainda assim, sentir-se em casa.

É que nessas datas a vila de Baião transformou-se num museu “vivo”, repleto de figurantes de carne e osso, a quem cabia a tarefa de retratar a evolução da história e da identidade do concelho ao longo dos tempos.

Tudo se deveu à realização das comemorações dos 500 anos da atribuição do Foral de Baião, por parte de D. Manuel I, uma ocasião solene, que foi preparada durante vários meses com imaginação, dedicação e carinho por parte de centenas de elementos da organização liderada pela Câmara Municipal de Baião.

E bem se pode dizer que os baionenses fizeram questão de celebrar a ocasião com a pompa e a circunstância que ela merecia, já que foi com alegria e orgulho que se apresentaram durante os dois dias.

“É uma grande honra poder representar um concelho com uma história tão vasta e tão profunda. Gostaria de agradecer a todos os que tornaram esta celebração possível, desde as escolas, às autarquias de freguesia, passando pelas associações e pelos baionenses a título individual. Juntos demos uma grande demonstração de criatividade, de dinamismo e de amor a Baião e com isso contribuímos para que fosse escrito mais uma página na história do nosso concelho”, declarou José Luís Carneiro, na noite de 1 de Junho, após receber o foral de Baião das mãos de um emissário de El-Rei D. Manuel I.

Entre vivas a Baião e cânticos alusivos ao foral (Lembrar o velho, de novo / Não é só recordação / Quem fez Baião foi o Povo / Hoje, o Povo faz Baião), José Luís Carneiro disse que ao lançar esta iniciativa a Câmara Municipal pretendeu deixar uma “semente para o futuro” e contribuir para a criação de um novo evento, que todos os anos permita a abordagem de um período diferente da história de Baião. “A edição deste ano, onde estiveram envolvidas várias microempresas do nosso concelho, é a demonstração de que a cultura e a criatividade podem constituir fontes de criação de riqueza e de oportunidades que contribuam para a fixação de populações no nosso território”, observou o autarca, que envergava uma capa de cor avermelhada, idêntica às usadas pelos vereadores Paulo Pereira, Ivone Abreu, Luís de Carvalho, Manuel Durão, José Carlos Póvoas e Gil Rocha, para assinalar o caráter especial deste evento.


Cada rua a sua época histórica

Foi ao princípio da tarde de sábado que o evento começou a ganhar forma. Aos poucos e poucos os trajados foram-se agrupando à entrada da vila de Baião, vindos dos quatro cantos do concelho. Homens e mulheres do neolítico com os seus modos primitivos encabeçavam o cortejo. Mais atrás surgiam soldados romanos entoando gritos de guerra. No decurso do desfile, a que deram corpo mais de 1500 elementos, entre alunos dos jardins-de-infância e das escolas do concelho, acompanhados pelo pessoal auxiliar e pelos seus professores, era ainda possível ver referências ao património natural e cultural do concelho e a vários vultos marcantes da história de Baião.

A partir desse momento estava lançado o mote para a festa em vários pontos da sede de concelho.

Milhares de pessoas distribuíam-se pela Praça da Fonte Nova, onde tanto se podia assistir a um momento de teatro ou de música a cargo das escolas de Baião ou das associações locais; ou percorriam a rua de Camões, onde o espaço entre a Capela de S. Sebastião e o Posto de Turismo tinha “parado” nos séculos XVIII e XIX; mas havia quem optasse por rumar à Av. 25 de Abril, onde o império romano reinava e as palavras mais ouvidas eram “ave” e “salve” ou ao Jardim de S. Bartolomeu, onde várias associações concelhias promoviam a famosa “queimada”, qual poção medieval, ou outros produtos como ervas aromáticas ou licores.

Estes espaços concebidos pela associação cultural “Panmixia” proporcionaram uma fantástica animação à vila de Baião, conjugando-se com outros momentos de animação, como por exemplo as representações teatrais a cargo da companhia Filandorra que trouxe a Baião, por exemplo, “O Auto da Barca do Inferno” de Gil Vicente.» in http://www.imprensaregional.com.pt/averdade/index.php?info=YTozOntzOjU6Im9wY2FvIjtzOjExOiJub3RpY2lhX2xlciI7czo5OiJpZF9zZWNjYW8iO3M6MjoiMTgiO3M6MTA6ImlkX25vdGljaWEiO3M6NDoiNzIzOSI7fQ==


(Comemoração dos 500 anos do Foral de Baião)


(Ação de Promoção Foral de Baião)


(Foral de Baião - Confeção de trajes)

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