15/12/10
Poesia - O Meu Amigo e Poeta Ângelo Ôchoa, interpela-nos com o Poema: "Quase delida é o fim da tarde"
Ângelo Ochôa! - "Quase delida é a fim a tarde"
"Quase delida é a fim a tarde, Ângelo Ochôa
Quase delida é a fim a tarde.
Versos muitos releio meio insone.
Abre-se-me último o sol rubro
ao fundo da janela no poente.
Reacendem-se-me clarins, gozo
que meu ser alado sente.
Lidas rimas vão sumindo à vista
o percurso, passo a passo ausente.
Morto é o passado, no entanto vivo,
ido o só instante, débil felicidade.
Ângelo Ochôa"
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Amigo Helder Barros:
ResponderEliminarUm abraço.
O poema ‘quase delida é a fim a tarde’, congeminado na sala de fumo da Escola Secundária de Bocage, num dos últimos anos lectivos dos 33 que por lá passei, foi ontem passado a vídeo na pastelaria valenciana da pedonal Avenida Vasco da Gama da Quarteira onde tenho um oitavo andar cujas portas estão franqueadas ao Amigo, sempre que para aqui quiser deambular. Para mim que pousei a câmara Sony sobre a mesa do quente café o que mais particularmente me tocou nesse vídeo e quem sou eu para julgar?, foi o chilrar da passarada a hora de poente e o fundo da natalícia música sumida entre assombro que para aqui já a Natal vai cheirando. Era costume enfeitarem com estrelícias por esta quadra a rua referida, este ano usaram verdadeiras flores de urze ou rosmaninho a apelarem para meu nordeste transmontano que jamais renegarei e onde estão as telúricas raízes de meu carácter.
Pois o deixo neste comment já longo com o apertado abraço de um transmontano feliz tão só por respirar e haver sem padre-nosso rezar o pão de cada dia.
A propósito, aqui, como em Faro, dão a pescadores e outras famílias mais necessitadas ‘cabaz de natal’ com géneros para compor a consoada nestes desesperados tempos em que muitos esbanjam o que a tantos falta.
Lembro agora de um post de Miguel Loureiro no contra-facção um pedinte a retorquir para o rico desdenhoso que o abandona:
Não vá gastar mal seu dinheirinho.
Por desgoverno e ganância sem freio de muitos ricos é que isto chegou ao ponto a que chegou.
Escancaremos, de par em par, portas ao Redentor, como alertou João Paulo ii de feliz memória.
Se encontrarmos o Cristo, encontramos o pobre.
Se encontrarmos o pobre, encontraremos o Cristo.
Mais forte, nestes meus conformes, vai sendo o abraço com que o venho abraçando amigo.
Ochoa
Abraço Grande, Amigo, Poeta, Ângelo Ochôa!
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