«Descoberto um novo asteróide que transporta água gelada pelo Sistema Solar Ana Ganhão (28-12-10)
Uma equipa de investigadores encontrou pequenas quantidades de água gelada e substâncias orgânicas complexas na superfície do asteróide “65 Cybele“, que está relativamente próximo do nosso planeta.
A descoberta sugere que há mais água do que se pensava na região interna do Sistema Solar e aponta novas evidências para a teoria que postula que a água chegou à Terra através do impacto de asteróides e cometas. O “65 Cybele” é o segundo asteróide em que foi detectado água gelada depois do “24 Themis”, no início deste ano.
A presença destes materiais nos dois asteróides, observados pela mesma equipa, também sugere que os corpos que estão no interior do Sistema Solar (a distâncias menores do que a distância de Júpiter) contêm mais água do que se pensava até agora.
O IAC (Instituto de Astrofísica das Ilhas Canárias), explica que a pouco menos de 479 mil milhões de quilómetros da Terra (3,4 unidades astronómicas), o anel de asteróides entre Marte e Júpiter é composto de material que nunca se chegou a acumular para formar um planeta devido às perturbações gravitacionais que Júpiter exerce sobre essa área.
Os corpos, principalmente os asteróides, têm uma composição muito diversa, desde de argilas a minerais como os feldspatos e metais como o ferro e o níquel, água e moléculas orgânicas. “Tal como o 24 Themis, o 65 Cybele está coberto por uma camada fina e granulada de silicatos anidridos misturados com pequenas quantidades de gelo de água e substâncias orgânicas complexas", explica o pesquisador do IAC, Javier Licandro, primeiro autor deste estudo.
Devido à sua composição, o 65 Cybele faz parte da categoria de asteróides primitivos. "Os silicatos que o formam não foram modificados significativamente desde o início do Sistema Solar", aponta o astrofísico.
"Foi detectado água em quase todos os corpos a partir de Júpiter. O particular desta descoberta é que o gelo foi encontrado a uma distância relativamente próxima do nosso planeta, umas três unidades astronómicas (mais de 448.000 milhões de quilómetros da Terra).
Fonte: www.elmundo.es» in http://naturlink.sapo.pt/article.aspx?menuid=20&cid=28351&bl=1
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