Silvestre Varela assinou o outro golo na vitória portista no Olival (3-1).
O FC Porto recebeu e venceu esta tarde o Covilhã (3-1), num jogo referente à 21.ª jornada da segunda liga. Depois de uma primeira parte em que o placar mexeu com uma grande penalidade certeira para cada lado, Silvestre Varela entrou no início do segundo tempo e voltou a dar vantagem aos Dragões. Danny Namaso, já em tempo de compensação, selou o destino final da partida.
Apesar de um melhor começo da formação forasteira, pressionando e dificultando a saída de bola portista, os Dragões foram impondo a sua qualidade na partida e chegaram à vantagem ao 27.º minuto: depois de um canto batido à direita por João Mendes, o guarda-redes do Covilhã socou a bola e Gonçalo Borges foi derrubado na área. Hélder Carvalho apontou para a marca de grande penalidade e Danny Namaso, como é seu apanágio, não desperdiçou. O adiantamento azul e branco no marcador só durou oito minutos já que, em discordância com o que havia decidido ao minuto 16 quando Danny Namaso sofreu um contacto dentro da área do Covilhã – nesse momento, o juíz deu amarelo ao 42 do FC Porto por aparente simulação –, o árbitro da partida assinalou penálti para os covilhanenses por um toque de João Mendes em Tembeng. Diogo Almeida converteu o castigo máximo e devolveu o jogo à estaca zero (35m). Um golo para cada lado no final de uma primeira parte em que a falta de critério teve influência no placar.
António Folha fez uma alteração estrutural ao intervalo ao retirar Samba Koné de campo para fazer entrar Silvestre Varela e o capitão não demorou muito a causar estragos: aos 53 minutos, Gonçalo Borges, por dentro, deu para João Mendes, que cruzou para Varela. O 81, no coração da área, fuzilou a baliza de Bruno e deu nova vantagem aos Dragões. O Covilhã tentou responder, mas Ricardo Silva assinalou a sua presença por duas vezes consecutivas (60m) - primeiro de canto e depois num remate à direita. Seis minutos depois, também de canto, Danny Namaso esteve a escassos milímetros de bisar na partida. Varela bateu a bola parada à direita e o ponta de lança cabeceou para uma hercúlea defesa de Bruno para o poste, num lance que deixa muitas dúvidas sobre a entrada total ou não do esférico na baliza forasteira. Os azuis e brancos continuavam a colecionar lances de perigo junto da área adversária e Namaso obrigou o guardião do Covilhã a aplicar-se para salvar o possível segundo golo do avançado. Em tempo de compensação, numa bola parada, o Covilhã ainda assustou, mas, se não foi à primeira nem à segunda, à terceira não houve perdão de Danny Namaso, que fez o bis e assim selou o encontro e garantiu o triunfo para o FC Porto B.
“É bom voltar. Depois do que aconteceu, é muito especial. A vida tem muito valor e às vezes não damos assim tanto. Está tudo bem, há pessoas fantásticas em todas as áreas e acontecem milagres. Voltar rapidamente à que é a minha vida e estou muito contente, pelo regresso e pelo que os jogadores fizeram hoje. Na segunda parte, as coisas começaram a fluir melhor e, quando assim é, vencemos jogos. O Varela parece um menino, mas tem 37 anos. É o terceiro jogo no espaço de uma semana, sabíamos que o tínhamos de gerir, este era o jogo em que se notava mais o cansaço. Sabíamos que íamos precisar dele também e, quando o lançámos, ele mostrou que precisávamos dele. O importante é que os jogadores percebam que cada minuto que eles têm estão mais perto de acumular qualidades para serem jogadores de topo. Cada minuto que se treina tem que ser com o maior rigor e determinação. Fizeram um bom jogo contra uma equipa difícil, estamos contentes porque também assim cavamos o foço das equipas de baixo para podermos continuar a dar oportunidade a outros jogadores, que também faz parte da minha função”, afirmou António Folha no final da partida.
No próximo sábado, os bês portistas deslocam-se a Mafra para disputarem a 22.ª jornada do campeonato (11h00, Sport TV 1).
FICHA DE JOGO
FC PORTO B-COVILHÃ, 3-1
Liga Portugal 2, 21.ª jornada
7 de fevereiro de 2022
Centro de Treinos e Formação Desportiva PortoGaia, no Olival
Árbitro: Hélder Carvalho
Assistentes: Jonathan Babo e Francisco Pereira
Quarto árbitro: André Neto
FC PORTO B: Ricardo Silva (cap.), Tomás Esteves, Romain Correia, Zé Pedro, João Mendes, Mor Ndiaye, Samba Koné, Bernardo Folha, Gonçalo Borges, Vasco Sousa e Danny Namaso
Substituições: Samba Koné por Varela (45m), Bernardo Folha por Sidnei Tavares (74m), Gonçalo Borges por Peglow (86m) e Vasco Sousa por Wesley (90m + 3)
Não utilizados: Ivan Cardoso, Rodrigo Pinheiro, Diogo Abreu, Ejaita e Léo Borges
Treinador: António Folha
COVILHÃ: Bruno, Jean Felipe, André, Héliton, David Santos, Samu, Tembeng, Gilberto (cap.), Rui Gomes, Diogo Almeida e Jorginho
Substituições: Samu por Ryan Teague (62m), Jorginho por Perea (62m), Rui Gomes por Kukula (77m), Tembeng por Camilo (77m) e Diogo Almeida por Arnold (86m)
Não utilizados: Igor Araújo, Jorge Vilela, Jaime e Tiago Moreira
Treinador: Leonel Pontes
Ao intervalo: 1-1
Marcadores: Danny Namaso (27m e 90m+3), Diogo Almeida (35m) e Silvestre Varela (53m)
Disciplina: Cartão amarelo exibido a Tomás Esteves (12m), Danny Namaso (17m) e a Tembeng (38m).» in https://www.fcporto.pt/pt/noticias/20220207-pt-danny-namaso-bisa-no-triunfo-frente-ao-covilha
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