Voleibolista brasileira compromete-se com os Dragões até 2022.
Depois de Ana Gamboa e Ana Couto, Bruna Gianlorenço é a terceira aquisição da AJM/FC Porto para o ataque à temporada 2021/22. Tal como Ana Couto, com quem joga há três anos, a brasileira chega à Invicta oriunda do Sporting para reforçar o conjunto orientado por Rui Moreira na época que se avizinha. Acabada de rubricar um contrato válido até 2022, a zona 4 revelou ter recebido conselhos de Renata Colombo – com quem jogou no Brasil – e estar pronta para reatar o trabalho com a nova distribuidora azul e branca: “O entrosamento que tenho com a Ana Couto, por ser a nossa terceira temporada juntas, tem feito uma diferença grande na parte do ataque”. Depois de quatro anos em Portugal, a voleibolista de 32 anos já se mostra ciente do peso do emblema portista: “Quem joga contra a AJM/FC Porto vê que um espírito de entrega e uma garra diferente das outras equipas. Não sei se é pelo profissionalismo que é imposto, se é pela competitividade do projeto ou pela responsabilidade de vestir esta camisola”.
Surpreendida e ambiciosa
“O convite foi feito assim que terminou a época. A AJM/FC Porto já se tinha sagrado campeã, mas no Sporting ainda estávamos a disputar a Taça da Federação. Assim que terminou recebi um telefonema do professor José Moreira. Confesso que não estava à espera, mas fiquei contente e na comecei logo a criar expectativas na hora, ambicionando coisas melhores para a próxima época. Nenhuma decisão é fácil, porque envolve o nosso futuro, mas eu acredito que as coisas difíceis são as melhores, porque dão mais trabalho e satisfação. Estou muito certa e feliz pela decisão que tomei.”
Hipótese de atuar nas competições europeias
“Foi uma das questões que coloquei ao professor José Moreira assim que começámos a falar. Eu já estive na Alemanha antes de vir para Portugal, e já conhecia outros tipos de voleibol. Vivi outras experiências e sei que a Taça Challenge é diferente para todos os atletas, independentemente de terem 20 ou 30 anos. No meu segundo ano no Clube K jogámos a Taça Challenge, não fomos tão longe quanto poderíamos, mas só a experiência de jogar foi incrível. Se tivermos a possibilidade de jogá-la na AJM/FC Porto, porque o contexto da pandemia impediu a participação na época passada, acho que vamos ter sucesso. É isso que espero, e isso também pesou na minha decisão. Confesso que me deu um gozo maior por isso mesmo.”
Experiente e com grande impulsão
“Joguei na Superliga do Brasil há uns anos, já tenho alguma experiência. As pessoas olham para mim e dizem que sou novinha, mas não sou. Joguei duas Superligas e depois fui para a Alemanha, onde tive a minha primeira experiência fora do Brasil. Foi incrível, passei por situações que não imaginava, no voleibol, na cultura e na língua. Da Alemanha vim para o Clube K e este já é o meu quinto ano em Portugal. Transferi-me para o Leixões onde fui campeã nacional, ganhei uma Supertaça e comecei a jogar com a Ana Couto. Depois tive duas épocas no Sporting e agora chego à AJM/FC Porto. Não sou uma zona 4 de estatura elevada, tenho 1,71 metros, mas tenho uma capacidade de salto que a grande maioria das jogadoras não tem. O entrosamento que tenho com a Ana Couto, por ser a nossa terceira temporada juntas, tem feito uma diferença grande na parte do ataque. Podem esperar uma zona 4 recebedora e atacante.”
Um clube diferente
“Quem joga contra a AJM/FC Porto vê que um espírito de entrega e uma garra diferente das outras equipas. Não sei se é pelo profissionalismo que é imposto, se é pela competitividade do projeto ou pela responsabilidade de vestir esta camisola… Eu acho que isso são coisas que conseguimos sentir lá dentro, muito mais do que ao ver pela televisão ou só por ouvir falar. Eram os fatores que mais me saltavam à vista.”
Entrosada com Ana Couto
“O entrosamento com a distribuidora faz toda a diferença em qualquer equipa de voleibol, seja da terceira divisão ou uma seleção nacional. A decisão da Ana não alterou a minha, mas são três anos a jogarmos juntas. Acredito que consegui evoluir muito no ataque por causa do entrosamento que criámos e vamos continuar a ter, ainda bem. A vinda dela fez-me pensar em muita coisa, vamos estar unidas dentro do campo e só quero ajudar. Conhecendo-a tão bem e jogando com ela há tanto tempo acho que essa ajuda será visível. Também tive uma conversa com a Renatinha, porque joguei com ela na Superliga do Brasil, e ela disse-me que eu tinha de ir para onde fosse a distribuidora. Ela é uma querida, uma amiga, e conversámos sobre esta situação toda.”» in https://www.fcporto.pt/pt/noticias/20210519-pt-bruna-gianlorenco-assina-pela-ajm-fc-porto
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