08/09/17

Amarante Literatura - A 12 de Abril de 1923, Pascoaes e Raul Brandão são eleitos para a academia de Ciências de Lisboa.



«A 12 de Abril de 1923, Pascoaes e Raul Brandão são eleitos para a Academia de Ciências de Lisboa. Júlio Dantas, David Lopes e Henrique Lopes de Mendonça (relator) assinam o parecer onde se afirma que «Pascoaes é da raça excelsa de poetas que têm como remotos antepassados Hesíodo e Lucrécio, e cuja suprema representação, nas auroras do romantismo, é porventura Shelley.»

Em Maio seguinte, Pascoaes foi a Madrid fazer uma conferência na Residência dos Estudantes.

Publicou, nesse mesmo ano, a 4.ª edição do «Sempre», a 3.ª da «Terra Proibida» e a 2.ª do «Regresso ao Paraíso». Saiu também o 1.º fascículo de «A Nossa Fome», que não teve continuidade.» in Fotobiografia "Na Sombra de Pascoaes" de Maria José Teixeira de Vasconcelos.


Mais sobre Teixeira de Pascoaes:

“Sem Poesia não há Humanidade. É ela a mais profunda e a mais etérea manifestação da nossa alma. A intuição poética ou orfaica antecede, como fonte original, o conhecimento euclidiano ou científico. E nos dá o sentido mais perfeito e harmónico da vida. Aperfeiçoando o ser humano, afasta-o do antropóide e aproxima-o dos antropos. Que a mocidade actual, obcecada pela bola e pelo cinema, reduzida quase a uma fotografia peculiar e uma espécie de máquina de fazer pontapés, despreza o seu aperfeiçoamento moral; e, com o seu fato de macaco, prefere regressar à Selva a regressar ao Paraíso. E assim, igualando-se aos bichos, mente ao seu destino, que é ser o coração e a consciência do Universo: o sagrado coração e o santo espírito. Eis o destino do homem, desde que se tornou consciente. E tornou-se consciente, porque tal acontecimento estava contido nas possibilidades da Natureza. Sim, a nossa consciência é a própria Natureza numa autocontemplação maravilhosa. Ou é o próprio Criador numa visão da sua obra, através do homem. E, vendo-a, desejou corrigi-la, transfigurando-se em Redentor.”» in http://www.comunidadeculturaearte.com/teixeira-de-pascoaes-sem-poesia-nao-ha-humanidade/

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