«"A beleza é tudo". Museu de Arte Antiga revela colecção italiana
Uma centena de peças da colecção Franco Maria Ricci são mostradas até 12 de Abril, no Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa.
"A beleza é tudo", diz Franco Maria Ricci. O coleccionador italiano, que inaugura em Lisboa uma exposição da sua colecção privada na véspera de completar 77 anos, confessa que foi por causa da beleza que fez a colecção de arte.
Junto a Parma, onde vive, plantou um labirinto de bambu. Há quem diga que é o maior labirinto do mundo. É no centro deste que está a nascer o futuro museu para as mais de 400 peças de arte que coleccionou nos últimos 50 anos. É para lá que irão as 100 obras agora mostradas em Lisboa, no Museu Nacional de Arte Antiga.
Acabado de aterrar na cidade portuguesa, Franco Maria Ricci tenta falar em português, para dizer que constituiu o seu espólio “quase como um protesto contra a falta de beleza que existe neste momento”.
Este italiano, que com o escritor Jorge Luis Borges criou a emblemática colecção "Biblioteca de Babel", fala de um sonho quando se refere às suas obras de escultura e pintura agora exibidas em Lisboa.
Entre as obras expostas estão nomes como Filippo Mazzola, Jacopo Ligozzi, Philippe de Champaigne, Bernini ou Casanova. O director do Museu Nacional de Arte Antiga, António Filipe Pimentel, explicou à Renascença que a colecção de Franco Maria Ricci gira em torno da questão da “condição humana”.
Além de editor da prestigiada revista de arte FMR, à qual Jacqueline Kennedy chamou “a mais bela revista do mundo”, Franco Maria Ricci foi também o designer responsável, por exemplo, pela criação do logótipo da marca de electrodomésticos SMEG.
“Quando estou em minha casa e me levanto à noite para ir à cozinha comer alguma coisa, vejo esta casa pouco iluminada com candeeiros pequenos e no caminho vou falando com as minhas esculturas”, contou à Renascença este italiano filho de aristocratas genoveses, detentor de uma estética apurada.
António Filipe Pimentel, que considera esta uma oportunidade única para conhecer uma colecção impar, diz que “a exposição é como se tivéssemos o privilégio de entrar em casa dele, mas com o silêncio de um museu”.
Comissariada por José de Monterroso Teixeira, a mostra que vai estar patente até 12 de Abril de 2015, tem a parceria da produtora UAU e apoio da Renascença.
A exposição vai estar aberta de terça a domingo, entre as 10h00 e as 18h00. Fecha dias 24, 25 de Dezembro, 1 de Janeiro e domingo de Páscoa.» in http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=1&did=170350
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