«NOS OITAVOS COM BENÇÃO DA CATEDRAL
FC Porto venceu categoricamente na casa do Athletic Club (2-0) e está apurado para a próxima fase da Champions League.
O FC Porto garantiu esta quarta-feira a qualificação para os quartos-de-final da Champions League, ao vencer por 2-0 no terreno do Athletic Club, com uma exibição de gala. Os golos de Jackson Martínez e Tello coroaram uma actuação merecedora da benção da nova Catedral do futebol espanhol, que, a dada altura, assistiu em respeitoso silêncio ao domínio dos Dragões, que são apenas a sétima equipa europeia (e a primeira portuguesa), em 79 jogos, a vencer no terreno dos bilbaínos. Curiosamente, os portistas triunfam no local onde disputaram a primeira eliminatória europeia, em 1958, desforrando-se das duas derrotas de então, e Lopetegui agarra o passaporte para a continuidade na prova na terra natal, o País Basco.
A palavra de ordem do FC Porto durante a primeira parte parece ter sido controlo, o que justifica a entrada de Óliver Torres no "onze", em deterimento de Quintero, tiular nos últimos quatro jogos. Frente a um adversário que necessitava em absoluto dos três pontos para continuar na luta pelo apuramento para os oitavos-de-final e que tinha do seu lado um estádio cheio de adeptos entusiastas, os Dragões procuraram ter a bola e dominar o meio campo para travar o ímpeto do adversário. Isso que foi conseguido quase na perfeição, com os portistas a chegar ao intervalo com 60 por cento de posse de bola
Para o plano de jogo do primeiro tempo ser cumprido na íntegra, faltaram os golos, mas não as oportunidades. Foram cinco, muito claras: um remate ao lado de Jackson, após cruzamento de Danilo, aos 12 minutos; um livre directo cobrado por Maicon e defendido por Iraizoz, aos 24; um cabeceamento ao lado de Jackson, após um canto, aos 25; um livre de Brahimi, que saiu ligeiramente ao lado, aos 35; e, last but no the least, um penálti enviado à trave por Jackson, aos 42, após falta de Balenziaga sobre Danilo.
O Athletic procurou usar o penálti desperdiçado pelo FC Porto como um balão de oxigénio para a segunda parte, no início da qual lançou Iraola e Muniain para os lugares de Beñat e Susaeta. Os bascos pareceram mais intensos nos primeiros minutos, mas não o suficiente para serem mais rápidos sobre a bola do que os portistas, que continuaram a ganhar a maioria das disputas de bola. Foi precisamente na sequência de um desses lances divididos que, aos 55 minutos, Brahimi tirou mais um coelho da cartola: num lance de magia, passou por três adversários e serviu Jackson, que só teve de empurrar para o 1-0. A verdade veio ao de cima e o balão da equipa de Bilbau, que já estava cheio de furos, esvaziou-se por completo. Foram vários os momentos em que os Dragões deixaram o adversário a correr desesperadamente atrás da bola, mesmo num relvado pesado e irregular.
A única oportunidade de golo dos locais ocorreu aos 70 minutos, com Guillermo, quase de olhos fechados, a cabecear ao poste. Teria sido de uma extrema injustça que tivesse então chegado o empate, mas a pouca felicidade da primeira parte acabou por ser recompensada nesse lance e, novamente, quatro minutos depois, quando um desentendimento entre Laporte e Iraizoz permitiu a Brahimi ficar com a baliza à mercê para o 2-0. O argelino e Jackson já têm quatro golos na prova e estão entre os seus melhores marcadores. O FC Porto igualou ainda dois recordes: pela quarta vez na história (depois de 1996/97, 2009/10 e 2012/13) garante o apuramento para os oitavos-de-final à quarta jornada, chegando ainda aos 12 golos marcados, um máximo histórico na fase de grupos, obtido pela primeira vez em 1996/97. Restam dois encontros, frente a BATE Borisov e Shakhtar Donetsk, para ultrapassar essa marca e garantir o primeiro lugar do Grupo H.» in http://www.fcporto.pt/pt/futebol/fichas-de-jogo/Pages/Athletic-Club-FC-Porto.aspx
2014.11.05 (19h45) - Ath Bilbao 0-2 FC Porto (Group H)
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