«A aventura segue dentro de momentosNão terminou. A aventura para Campeões sofreu apenas uma interrupção. Abrupta, é certo, e especialmente dolorosa, sobretudo em face do que os Dragões produziram em Manchester. Severa, a soma das duas mãos desvia irremediavelmente os Dragões dos caminhos que vão dar Roma, mas não os afasta da mais dourada rota europeia, a retomar em breve. Porque, para o «ano», haverá certamente mais. E isso não é para todos.
Com os opositores determinados, seguros da exigência e dos requisitos do encontro, o preâmbulo de encaixe, iniciado em Old Trafford, foi liminarmente dispensado no Dragão. Hulk desenhou a primeira ameaça, na transformação de um livre, pouco antes de Cristiano Ronaldo fazer o golo do nada. Aos seis minutos, o jogo estava lançado. No primeiro dos dois remates do Manchester United à baliza ao longo de toda a primeira parte.
Em seis minutos, o FC Porto dava por si em desvantagem na partida e na eliminatória, que já não lhe fizera justiça em Inglaterra. Reagiu. Recompondo-se primeiro e respondendo depois. Pouco depois, com Bruno Alves a errar o alvo por uma nesga, que frustrou os cálculos de intensidade e colocação quando da cobrança de um livre directo.
Novo golpe condicionaria a abordagem inicial dos Dragões na lesão de Lucho, que, antes da substituição forçada e da consequente revisão de planos, assistiu Lisandro para o remate à meia volta, que reaproximou o campeão português do empate, resultado que se fez anunciar até ao último suspiro do encontro, sob as mais variadas formas.Sapunaru, num remate cruzado, Bruno Alves e Rolando (agarrado por O’Shea, com Van der Sar fora do lance), ambos de cabeça, Raul Meireles, de fora da área, e Lisandro, na emenda que chegara a parecer perfeita a cruzamento de Mariano, mantiveram a defesa do United em sobressalto e resumiram, então, o jogo inglês a um longo exercício de contra-ataque, sem, no entanto, reverterem a eliminatória a favor do F.C. Porto e rectificarem o resultado da primeira mão, lisonjeiro para os de Manchester e curto para a magia azul e branca, que fizera do Teatro dos Sonhos um espaço de pesadelo britânico.
FICHA DE JOGO
UEFA Champions League, quartos-de-final, 2ª mão
15 de Abril de 2009
Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 50.010 espectadores
Árbitro: Massimo Bussacca (Suíça)
Assistentes: Matthias Arnet e Manuel Navarro
4º Árbitro: Sascha Kever
F.C. PORTO: Helton; Sapunaru, Rolando, Bruno Alves e Cissokho; Lucho «cap», Fernando e Raul Meireles; Lisandro, Hulk e Rodríguez
Substituições: Lucho por Mariano (31m), Rodríguez por Farías (63m) e Sapunaru por Tomás Costa (80m)
Não utilizados: Nuno, Stepanov, Guarín e Andrés Madrid
Treinador: José Gomes
MANCHESTER UNITED: Van der Sar; O’Shea, Ferdinand, Vidic e Evra; Anderson, Carrick e Giggs; Cristiano Ronaldo, Berbatov e Rooney
Substituições: Berbatov por Nani (68m) e Anderson por Scholes (77m)
Não utilizados: Foster, Neville, Evans, Tévez e Macheda
Treinador: Alex Ferguson
Ao intervalo: 1-0
Marcadores: Cristiano Ronaldo (6m)
Disciplina: cartão amarelo a Vidic (41m) e Evra (57m)
Golo do Manchester United apontado por Cristiano Ronaldo, num golão do meio da rua do melhor Jogador do Mundo!
Amigo Helder Barros, grande lástima que nosso seu Porto tenha ficado por aqui, ante os multi-milionários de Manchester, cabeça erguida embora, e nem a Senhora Nossa do Monte da Virgem lhe haja podido valer.
ResponderEliminarSó uma pergunta, e sem resposta, e sobre o golo, me ficou a bailar comigo noite fora:
Porque será que o madeirense ex-leãozinho Ronaldo, tão primoroso ontem, não terá soltado ultimamente nenhum semelhante rugido ao jogar por Portugal?
Ou é que é só Sir Ferguson que o doma das rebelias falhadas em seu lídimo inglês?
Caro Amigo Ôchoa, penso tratar-se da experiência e mérito de Sir Fergunson; sem dúvida um Grande Senhor e um Grande Treinador!
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