27/04/09

Escola Secundária/3 de Amarante: Grupo de Alunos do 12 CT1 promove um debate fantástico sobre Deus e Ciência!



«Um grupo de alunas do 12º Ano, turma CT1, dinamizou, no âmbito da disciplina de Área de Projeto, um debate subordinado ao tema: “Da mentalidade mítica à mentalidade tecnocientífica.

Os intervenientes convidados foram o Prof. Dr. Daniel Serrão e o Padre José Manuel, Pároco de S.º Gonçalo de Amarante. O Francisco, o Gustavo e a Mónica representaram os alunos do 12º ano.

Quando o moderador, Dr. Adriano Basto, os questionou sobre se “a ciência seria Deusa ou Demónio” a resposta foi unânime: depende da sua aplicação, dos valores que regem essa implementação na prática.

O debate animou-se em torno da polémica e sensível questão do aborto e, curiosamente, os oradores convidados salientaram a “Vida como valor fundamental”.

Certo, certo é que o homem é o seu próprio Deus ou Demónio.», Professora Elsa Cerqueira de Filosofia!
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De facto, o que é mais importante nas Escolas são os alunos têm a enorme capacidade de nos interpelarem diariamente. Um grupo notável de Alunos do 12 CT1, das quais só conhecia o Francisco, promoveram um debate brilhante com a colaboração de três grandes oradores: Professor Doutor Daniel Serrão, Padre José Manuel da Paróquia de S.º Gonçalo e o meu Colega e Amigo, Professor Adriano Bastos. Os três alunos do painel preparam muito bem o debate, com a assistência muito interessada e interveniente. Parabéns também para as participações pertinentes da Professora Elsa Cerqueira, para quem estes temas são material de trabalho, para a Professora Lurdes e para a proficiência da Professora Rosa Abreu que tem realizado um ótimo trabalho a conduzir estes Alunos na disciplina de Área de Projeto! Obrigado Elsa, por partilhares este material com a comunidade; hoje na ESA fez-se EDUCAÇÃO!


15 comentários:

  1. Esta iniciativa mostra aos mais incrédulos que o ensino e a educação não se reduzem ao espaço físico da sala de aula!
    O tema do debate foi muito bem escolhido. Há que (re)pensar se queremos uma ciência e uma religião libertadoras ou escravizantes.O domínio da racionalidade tecno-científica é avassalador na nossa sociedade. Mas também o peso da religião o é.
    Portanto, é bom que os jovens e os adultos reflictam nas relações (de exclusão, interdependência...) entre estes dois tipos de mundividências. Tendo sido professora do 10º e 11º anos de Filosofia do grupo envolvido, apreciei a sua capacidade crítica e a maioridade mental que evidenciaram. Tudo é susceptível de ser questionado porque no domínio do pensamento não pode haver dogmas. É com orgulho que vejo o trabalho desenvolvido por estes alunos, sob a orientação preciosa da Drª Rosa Abreu.
    Mas como disse na palestra, creio que quer o cientista, quer o religioso têm fé. Em coisas distintas, é certo. Um em Deus, e outro no paradigma que orienta a sua investigação. Ambos perseguem a verdade. Todavia, como foi e é visível não há uma concepção unívoca de verdade, mas uma pluralidade. Ainda bem. Em prol da diversidade e da divergência.
    Os meus Parabéns a todos os envolvidos neste projecto. Estão a trilhar o vosso próprio caminho.
    Elsa Cerqueira

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  2. Parabéns a ti, Elsa, que ajudas alunos a serem tão reflexivos!
    parabéns também pela forma elevada com que questionas Mundos a que não estás ligada, como a Fé Cristã!
    A elevação com que discutiste de forma antagónica com o Padre José manuel é uma grande lição, para este mundo intolerante em que vivemos!
    Hoje aprendi... eu hoje só ouvi pessoas muito inteligentes a apresentar os seus pontos de vista de uma forma que, por exemplo, a classe politica, se deveria rever nesta palestra!
    Adorei.
    Fui surpreendido na ESA, por gente muito inteligente!
    estes Alunos ensinam-me muito...

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  3. Tive imensa, mas mesmo imensa pena de não estar presente. A essa hora andava eu em aventuras com os projectores. :(

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  4. Foi pena Anabela; sei que ias gostar!
    Esses projectores, são cá uma assorda...

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  5. Anabela: os teus sucessivos "episódios" com os projectores revelam o quão escravizante pode ser a técnica. Não deveria ser libertadora, no sentido de facilitar o teu trabalho? Se não o é, qual a sua utilidade?
    É como disse no teu blogue: no plano estético aprecio desmesuradamente o absurdo. Na realidade, é de evitar!!!
    Mas no contexto da discussão do trabalho destes alunos, diria que a culpa não é da Técnica, mas de quem a aplica: o homem. Neste caso, o problema está no misterioso código, feudo mental de alguns, que impossibilitam a sua aplicação.

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  6. Ao que nós chegamos: Miss powerpoint sem vídeo-projector e a troubar posts...

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  7. Subscrevo as tuas palavras, Elsa. A técnica deveria ser facilitadora, e é-o se o homem não lhe criar entraves e armadilhas.
    A ESA está armadilhada!
    E agora pergunto eu... será que só eu acho tão estranhas estas aventuras ao ponto de me queixar delas? Será que só me acontecem a mim?
    A A. já me diz "O teu patrão é que manda."
    Bolas! Não me conformo com a lógica de ter o material prontinho a utilizar e não o poder fazer! :(
    Acho uma aberração!

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  8. Anabela: como te disse, no dia em que precisei do projector, na A14, funcionou lindamente.
    Não é medo da técnica: nem deusa, nem demónio. Só não voltei a utiliza-lo(s). Mas terei, brevemente, muitas aulas em que os alunos precisarão deles...Aguardo a qualquer momento anomalias técnicas. Por agora, só vou registando as anomalias humanas. Para estas, necessito de um livro (em) branco de reclamações...

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  9. É, Helder, a Miss PowerPoint tem de chamar a Lara Croft! :)
    E é mesmo verdade. Roubei-te descaradamente! :)

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  10. «Por fora» embora, mas inteirado por post de Anabela que li primeiro e por teu, Helder, que Anabela «roubou...», cumpre-me com um sorriso ( :) ) comentar que Ciência e Religião poder escravizar ou libertar.
    A Ciência escraviza quando o «cientista» qual aprendiz de feiticeiro que troca as poções produz monstros -- vide a peça musical de Ducas! «O aprendiz de feiticeiro...» Ainda há bem pouco ouvi a um «aberrante cientista» (passe o termo) que num futuro não muito longínquo haveria procriação generalizadamente «sem cópula»
    A Religião escraviza quando fanatiza a ponto de armar de «kamikase» uma criança pronta a imolar-se contra a vida.
    Também a Ciência pode libertar quando por seus estudos consegue e é já um facto uma agriculturação racional a ponto de haver pão para todo o mundo -- realidade já não utópica que só a ganância do cifrão e a má vontade ou a não boa vontade dos dirigentes das nações em seus egoísmos fala mais alto.
    Também a Religião melhor as Religiões vividas no amor à paz pode libertar e liberta e mesmo para os homens se abraçarem num planeta único e uma famíli humana única que é urgente salvar.
    Para terminar vejamos o exemplo de nosso novo ( de anteontem ) São Nuno: Seguiu à risca a advertência do Cristo ao jovem rico que todos os mandamentos cumpria: «vende, dá, deixa tudo e Me segue que terás tesouro no Céu! Foi o que Nuno fez: e ficou porteiro e só com as mãos cheias de vazias... Cheias do melhor bem.
    Mas hoje a crise é outra... O contravalor do dinheiro torna os homens deshumanos e insaciáveis e... tudo conspurca. Assim jamais serão felizes. A Paz... Esse bem acima de todo o bem é com Deus e Nuno soube isso. Libertar urge!
    Parabéns ao helder à anabela à elsa e... à esa...

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  11. Obrigado pelas suas palavras, Amigo, Poeta, Ângelo Ôchoa!

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  12. Aguardo então as tuas aventuras na ESA, Elsa!

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  13. Excelente análise, Ângelo Ôchoa.
    Tem razão: a crise radica na desumanização. O humano desumanizado, que contradição!
    E que pobreza existencial/espiritual!

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  14. O Homem que não busca o Sublime que é a Humanidade do Ser humano!

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