«Nevoeiro comprometeu espectáculo e resultado
Um golo, alcançado já muito perto do final da partida, que nem o próprio treinador do Nacional conseguiu ver, face às condições meteorológicas altamente adversas, sentenciou o resultado do jogo desta quarta-feira à tarde, do qual o F.C. Porto acabou por sair vencido (2-1), realizado no Estádio da Madeira, a contar para a 2ª e penúltima jornada da 3ª Fase da Taça da Liga (Grupo A). Sobre o encontro, muito pouco há a registar. Primeiro, porque os jogadores não puderam, de todo, explanar da melhor forma a estratégia delineada, uma vez que se viram obrigados a actuar sempre em espaços reduzidos, devido à notória falta de visibilidade; segundo, porque se afigurou extremamente difícil para quem assistia ao desafio discernir o que quer que fosse.Ainda assim, foi possível verificar que o confronto pautou pelo equilíbrio, pese embora as diferentes opções de cada um dos treinadores. Manuel Machado fez alinhar os habituais titulares, enquanto Jesualdo Ferreira preferiu dar oportunidade aos jogadores menos utilizados.
Em paralelo, por exemplo, com o jogo do campeonato (as duas equipas bateram-se há apenas 10 dias, também na Choupana, desta feita com o F.C. Porto a sair vitorioso), conferiram-se somente duas alterações no «onze» inicial da formação insular. O técnico azul e branco operou 10. Uma decisão de gestão de plantel natural para uma equipa que se encontra ainda em todas as frentes de competição (Liga, Taça de Portugal, Taça da Liga e UEFA Champions League).Desenhados os contornos da partida, importa agora sublinhar os factos. E o facto é que os Dragões, apesar de se puderem ter colocado em vantagem, logo aos 15 minutos (cruzamento de Mariano na esquerda, ao qual Sapunaru respondeu de cabeça, atirando ligeiramente ao lado do poste direito), acabaram por sofrer um golo, aos 23. Nuno ainda afastou a bola por duas vezes, mas já não teve hipótese de suster um terceiro remate, da autoria de Ruben Micael.
O empate esteve iminente, aos 31 minutos, só que Mariano sofreu um toque, já dentro da grande área do Nacional, que o impediu de prosseguir com a iniciativa individual. O árbitro entendeu que nada devia assinalar. Apenas cinco minutos depois, Sapunaru repôs a igualdade no marcador, com um pontapé forte e colocado.
Após o intervalo, os azuis e brancos apresentaram-se mais dinâmicos; no entanto, as condições agravadas de visibilidade não deram azo a grandes lances de perigo. O golo de Miguel Fidalgo surgiu numa altura em que já praticamente nada se via dentro das quatro linhas (84m). Os Dragões têm agendado para o próximo sábado, 17 de Janeiro, o último desafio desta etapa da Taça da Liga, da qual sairão os quatro finalistas da prova. O jogo frente à Académica está marcado para as 20h45, no Estádio do Dragão.
FICHA DE JOGO
Taça da Liga 2008/09 (3ª Fase, 2ª jornada – Grupo A)
Estádio da Madeira (14 de Janeiro de 2009)
Árbitro: Lucílio Baptista (AF Setúbal)
Árbitros Assistentes: Venâncio Tomé e Mário Dionísio
4º Árbitro: Elmano Santos
Nacional: Bracalli; Patacas «cap.», Maicon, Felipe Lopes e Nuno Pinto; Luis Alberto, Edson Sitta, Alonso e Ruben Micael; Mateus e Nenê
Substituições: Alonso por Miguel Fidalgo (46m), Edson Sitta por Fabiano Oliveira (66m) e Ruben Micael por Bruno Amaro (84m)
Não utilizados: Douglas; Cléber, Juninho e Halliche
Treinador: Manuel Machado
F.C. Porto: Nuno; Sapunaru, Stepanov, Pedro Emanuel «cap.» e Benítez; Bolatti, Tomás Costa e Guarin; Mariano, Farías e Candeias
Substituições: Candeias por Rabiola (70m) e Sapunaru por Diogo Viana (78m)
Não utilizados: Ventura; Ivo Pinto, Rafhael, Josué e Sérgio Oliveira
Treinador: Jesualdo Ferreira
Ao intervalo: 1-1
Disciplina: cartão amarelo para Alonso (39m), Luis Alberto (39m), Stepanov (39m), Benítez (42m) e Sapunaru (52m)
Marcadores: Ruben Micael (23m), Sapunaru (36m) e Miguel Fidalgo (84m)
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Ridículo, só em Portugal para se jogar com este nevoeiro... e neste estádio! Coisas estranhas se estão a passar com o silêncio da Liga Portuguesa de Futebol; depois de mandarem Pedro Henriques para a jarra, roubo de catedral na Luz contra o Braga e agora para culminar a Liga de Futebol Portuguesa, permite um jogo no manto de Nevoeiro da Choupana... será que o Benfica tem que ser campeão para mitigar a contestação ao regime Salazarento de Sócrates, como no antigamente, no regime de Salazar... a ver vamos!
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