
«Filhos de pais mais qualificados têm maior sucesso escolarA qualificação escolar dos pais pesa mais no sucesso escolar dos filhos do que a origem social ou os rendimentos da família. A conclusão está num estudo do Ministério da Educação realizado junto de estudantes do 10º ano. O que se demonstra é que filhos de bons alunos têm em geral melhores notas.
Entre os jovens com sucesso na escola dois terços são filhos de pais com profissões muito qualificadas. A percentagem desce para um pouco mais de um terço entre os filhos de operários.
Também pertence a famílias com menor escolaridade a maioria dos alunos dos cursos profissionais que, em geral, não opta pelas áreas científicas ou de letras.A análise «Estudantes à Entrada do Ensino Secundário», realizada pelo Ministério da Educação, demonstra que 62 por cento dos alunos nunca chumbaram e mais de metade, 57 por cento, acabaram o nono ano sem qualquer negativa.
Outra conclusão indica que dois terços dos alunos que no ano passado chegaram ao secundário já ultrapassaram ou estão quase a ultrapassar as habilitações literárias dos pais.
Um sinal claro de melhoria na qualificação dos portugueses. No inicio deste século só 15 por cento da população tinha concluído o secundário.Este estudo confirma também que as raparigas têm em média melhores notas do que os rapazes e que a escolha da escola é determinada sobretudo pela proximidade da residência, embora a escolha dos amigos tenha também algum peso.
O estudo do Ministério da Educação baseou-se em inquéritos a mais de 46 mil alunos que chegaram ao ensino secundário no último ano lectivo, sendo que 95 por cento dos estudantes inquiridos são de nacionalidade portuguesa.» in http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=1071474
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Este estudo confirma que os alunos que são mais estimulados intelectualmente ao nível familiar, terão obviamente uma vantagem competitiva no seu desenvolvimento cognitivo e no seu processo de ensino-aprendizagem. Segundo a teoria construtivista do conhecimento os baldes à partida poderão estar mais cheios ou mais vazios. Por isso a tarefa do Professor é tão complexa, ele não trabalha com máquinas iguais, a sua matéria prima são pessoas, todas diferentes, todas com idiossincrasias próprias... ser Professor é essencialmente trabalhar matérias iguais, mas com pontos de partida e com abordagens individuais e diversas. É difícil, nem sempre se consegue, mas um Professor é um desafiador de utopias, procura encher todos os baldes.... e é por isso que são funestas as medidas propostas pela tutela no sentido de tentar aferir graus de aprendizagens iguais em contextos tão diversos... mas como não entender isto!?
Nada que nós não soubéssemos!
ResponderEliminarPois, Anabela... mas como pensam que somos acéfalos e malandros, de vez em quando é bom lembrar estes mandantes cegos...
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